Agronomia: saiba quais são os tipos de solo, sua composição e fertilidade!

    Introdução

    Quando o assunto é “tipos de solo”, o máximo que nós acabamos lembrando são de um ou outro comentário dos professores de geografia no ensino fundamental. Mas para você que pretende seguir a carreira de engenheiro agrônomo ou de Engenheiro Civil esse assunto tem que ser mais do que uma mera lembrança, não é?

    O Brasil é muito grande, tem climas e altitudes muito diferentes em cada região, vegetações variadas e provenientes de variadas matérias. Esses pequenos detalhes acabam influenciando no quão produtivo, firme e eficiente o solo é.
    Se você quer saber mais sobre esse assunto tão importante aos agrônomos e produtores rurais, é só ficar coladinho aqui com a gente e continuar a sua leitura! Vamos lá!

    Por que é importante saber sobre os tipos de solo?

    Se olharmos de fora, saber sobre os tipos de solo pode parecer algo irrelevante. Mas para quem está focando os estudos na área de agronomia e construção, saber sobre eles se torna fundamental e imprescindível.

    E por quê? Sendo bem objetivo na resposta, não é sobre qualquer superfície que uma plantação germina bem. Cada tipo de planta exige uma quantidade e uma variedade diferente de nutrientes.

    Outro exemplo está ligado à àrea da engenharia e da construção, que dependendo do tipo de terreno onde será erguida, sem um estudo prévio e profundo, pode comprometer completamente sua segurança e longevidade.

    Por esses fatos acho que conseguimos entender a importância de saber sobre esse assunto para ter sucesso na profissão, não é mesmo? Mas bora focar na parte agronômica da coisa e descobrir mais sobre o tópico que é tão relevante para iniciar uma plantação!

    Quais são os tipos de solo presentes no Brasil?

    A composição do solo consiste basicamente em matéria orgânica, minerais, gases e água. A concentração deles nos terrenos é que faz com que eles sejam diferentes e tenham propriedades variadas. A influência do clima, a incidência solar, a rocha que o originou, matéria orgânica e cobertura vegetal também incidem nesse resultado.

    Devido a enorme extensão territorial do Brasil, é possível encontrar muita variedade. Hoje, por serem mais frequentes na maior parte do país, diz-se que possuímos 4 tipos principais de solo. São eles:

    1. Terra Roxa

    Esse tipo de superfície é originária do desgaste da rocha vulcânica basalto, o que significa que, em um passado distante, parte dessas áreas abrigou vulcões. Mas fique tranquilo, hoje eles não existem mais. O local mais próximo que mostra registros disso é Poços de Caldas, que é construída sobre um vulcão adormecido. Curioso, não é?

    Apesar de ser conhecida por “terra roxa”, sua coloração nada tem a ver com essa cor, ele é um solo avermelhado, e possui essa nomenclatura devido aos colonos italianos, que quando iniciaram suas lavouras de café falavam que a terra era “rossa”, que em italiano quer dizer “vermelha”. Dessa forma, quem os ouvia falando acabou por perpetuar o nome ao pé da letra.

    Esse tipo de solo possui grande importância para a agricultura e é encontrado com facilidade nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Para o cultivo do café e de grãos como o trigo, milho e soja, esse é o melhor lugar. 

    2. Aluviais

    São formados de sedimentos de várzeas, vales entre montanhas e planaltos ou planícies, provenientes de outras regiões e transportados pela ação das águas e dos ventos. Também é presença forte no solo Brasileiro.

    Não costuma ser uma terra muito fértil, normalmente quanto mais próximo à margem, mais fértil é, porém a quantidade de nutrientes dele varia de acordo com o grau de degradação e o tipo de rocha presente na região.

    Em lugares áridos e com erosões, o solo provavelmente será pobre em nutrientes, já em solos com cobertura de vegetação e chuvas frequentes, ele tende a ser mais fértil, como é o caso das várzeas da Amazônia.

    3. Massapé

    É o famoso solo humífero. É uma terra mais escura, chega a ser quase preta. Ela é bastante argilosa e fértil. É encontrada com facilidade ao longo do litoral nordestino. Sua formação é proveniente da decomposição do calcário, da gnaisse e outras rochas.

    Esse é um tipo de terreno complexo de se trabalhar, já que em meses chuvosos fica muito úmido e pegajoso e em tempos de estiagem, fica mais rígido.

    Esse solo tem uma aceitação muito boa para o plantio da cana de açúcar.

    4. Salmourão

    Esse solo tem sua composição baseada principalmente na decomposição de rochas graníticas e gnaisses claros.

    Normalmente, pode ser encontrada com facilidade em áreas do Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul do Brasil.
    Esse tipo de terreno é bastante arenoso, menos fértil e apresenta certo nível de acidez, sendo necessário que o agricultor faça um bom preparo para equilibra-lo antes de iniciar o cultivo.

    Quais são os melhores terrenos para o plantio?

    Hoje, mesmo que você possua um solo pouco fértil, existem muitos procedimentos que ajudam a enriquecê-lo e torná-lo propício para o cultivo, mas isso vai depender de investimento e tempo.

    As texturas média e argilosa são indicadas para a maioria das culturas, mas de qualquer forma, sempre é bom avaliar cada caso isoladamente, pois a textura do solo não costuma ser limitante dependendo do que será cultivado. O recomendado é sempre mantê-lo rico em nutrientes como cálcio, magnésio, fósforo e potássio.

    Outras variáveis que devem ser observadas são o volume de chuva que cai, temperatura que predomina na região, relevo, profundidade do terreno e a própria cultura que será implantada no local. O motivo disso é: existem plantas que precisam de um terreno mais úmido para se desenvolver ao passo que outras morrem se estiverem num local muito molhado.

    Exemplo disso é o cafeeiro, que se desenvolve muito bem em terrenos argilosos e se plantados em solo humífero, mesmo ele sendo super cheio de nutrientes, não propicia o crescimento dessa planta.

    Outros tipos de cultivos que podem ser citados com particularidades são as laranjeiras que se plantadas em solo calcário, darão frutos mais doces que em outros tipos de terreno. Existem também as palmeiras que crescem melhor em solos arenosos, o alecrim e as violetas, que amam solos humíferos.

    Tendo observado todos esses pontos de vista, dizer que o solo ideal para o plantio é X ou Y passa a ser bastante relativo, não é? Sendo assim, o melhor lugar para iniciar a sua produção vai depender exclusivamente do que você pretende plantar, o que faltar para melhorar a produção pode ser ajeitado com técnicas e procedimentos existentes.

    Ah, é importante salientar que mesmo tendo posse de solos produtivos, se eles não forem bem cuidados e não forem utilizadas práticas como a do plantio rotativo por exemplo, eles podem acabar perdendo nutrientes importantes e tornar o cultivo mais difícil e de menor qualidade naquele local. Por isso sempre se atente a esses detalhes ok?

    A agronomia exige estudo constante!

    O Brasil é um país gigante. Desde manifestações culturais até aos tipos de solo, podemos encontrar grandes variedades. Dessa forma, o segredo do sucesso na carreira de agrônomo está em: sempre se manter informado e estar atento aos detalhes, particularidades que fazem toda a diferença na hora de “colher os frutos” do seu árduo trabalho.

    Cada terreno exige um tipo de trator, maquinários diferentes e produtos especializados para garantir que a produção se mantenha em bom nível e com qualidade. Uma dica é pesquisar também sobre isso antes de iniciar a sua produção agrícola. No mais, após realizar essa leitura, tenho certeza de que pôde ter um bom aprendizado nesse assunto.

    Esperamos que você tenha gostado e aprendido com esse material e que ele tenha te ajudado a se decidir pela Engenharia Agrônoma. Se ficou alguma dúvida ou quiser acrescentar seus conhecimentos a esse material, fique a vontade para nos escrever pelo box de comentários.

    Até a próxima.

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