A faculdade é uma grande oportunidade de crescimento pessoal, uma porta que se abre para mais e melhores opções no mercado de trabalho, aprendizagem técnica e possibilidade de aumentar sua rede de contatos pessoais e profissionais. No entanto, percorrer esse caminho até completar a jornada tem um custo.
É preciso arcar com diversas despesas, desde as mensalidades, passando pelo material didático até chegar a transporte e alimentação. Isso sem contar que, no início ou no final dos semestres, sempre aparece mais um gasto: a matrícula, para calouros, e a rematrícula, para veteranos. Para não vacilar na saúde financeira nesse momento, você deve se preparar. E é exatamente sobre essa preparação que vamos falar a seguir. Então confira!
Conheça seus custos
Para não passar dificuldades com as contas da faculdade (e, claro, com todas as outras despesas), não há segredo: basta ter planejamento financeiro. Basicamente, isso significa conhecer o quanto você recebe, assim como quando e quanto gasta, avaliando um lado e outro para descobrir se esse fluxo de saídas e entradas é positivo. Vamos começar pelos custos? Então pense: afinal, quanto você precisa gastar para se manter em uma boa faculdade?
Mensalidade
Esse é um custo fixo que pode ser facilmente previsto. No momento da sua matrícula ou rematrícula, a instituição de ensino mostra quanto você precisará desembolsar por mês para frequentar as aulas. E por mais que não tenha escapatória, é sim possível diminuir o impacto financeiro das mensalidades no seu orçamento! As melhores alternativas estão no financiamento estudantil, seja ele público ou privado.
O financiamento público mais popular é o FIES, modalidade oferecida pelo governo federal para alunos de baixa renda, cobrando taxas pequenas e estendendo o prazo de pagamento. Também é possível conseguir o PROUNI, que na verdade é um sistema de bolsas (integrais ou parciais) sem custos para o estudante.
Já o financiamento estudantil privado pode ser adquirido junto a bancos, financeiras ou, em alguns casos, até diretamente com a instituição de ensino. Os prazos também são mais longos e as taxas tendem a ser convidativas. Assim, você consegue estudar agora e só pagar depois de formado!
Alimentação e transporte
Deslocamento e comida: essas são as despesas básicas que aumentam consideravelmente quando você entra em uma instituição de ensino superior. O grande problema da alimentação vem do famoso comer fora, gastando com restaurantes ou a lanchonete da faculdade. Por mais que seja prática, essa rotina é cara e, nem sempre, saudável. Nesse sentido, a dica é levar comida de casa sempre que for possível.
Em relação ao transporte, vale apostar em modalidades públicas, como ônibus e metrô. Lembrando que algumas cidades têm tarifas reduzidas para estudantes, opção que exige um cadastro prévio. Você ainda pode apostar em caronas solidárias com colegas que façam praticamente o mesmo trajeto todos os dias.
Material didático
Outro custo intimamente ligado à vida universitária diz respeito ao material didático. São livros, apostilas e revistas especializadas que os estudantes têm que consultar para garantir uma boa formação acadêmica. O problema é que esse tipo de material pode ser bastante caro. Isso sem contar que, normalmente, nenhuma referência dessa é usada por mais de um semestre.
Vale, portanto, apostar nas cópias, nas visitas a boas bibliotecas e, finalmente, na troca e no compartilhamento de livros. Esse tipo de sistema é fácil de organizar: alunos de períodos avançados emprestam para os estudantes de períodos anteriores, que, por sua vez, emprestam para os calouros, em um sistema rotativo. Para que funcione, basta ter organização e compromisso com a preservação do material.
Controle seus gastos
Os principais custos com os quais deve lidar durante a graduação estão na ponta da língua? Mas é importante se lembrar de que essas despesas se somam a outras, como contas de luz, água, aluguel, lazer e assim por diante. Por isso, é preciso economizar de maneira contínua.
Para tanto, anote cada um dos gastos feitos no dia e os categorize de acordo com sua natureza. Separe essas despesas de acordo com sua ocorrência, dividindo gastos fixos (como aluguel, luz, internet e mensalidade) de eventuais (saídas para a balada, compra de livros e pagamento de viagens). Com os gastos bem organizados, seja em um planilha do Excel ou usando aplicativos específicos para isso, você consegue ver exatamente para onde o dinheiro que recebe está indo. Assim, se detectar que está gastando demais com compras no supermercado, por exemplo, pode criar um plano para conter essa sangria.
Faça uma reserva
Para que seu planejamento financeiro esteja completo, porém, não basta conhecer e controlar suas despesas. Embora esses passos sejam essenciais para se manter no azul, é preciso ir além, fazendo um bom pé de meia. Economizar todos os dias garante que você terá recursos quando realmente precisar, seja em uma emergência ou para lidar com compromissos que fogem da curva rotineira do orçamento — como o pagamento da matrícula ou da rematrícula e o investimento em um intercâmbio.
Por isso, reserve parte dos seus ganhos para uma poupança. E não estamos nos referindo apenas à caderneta, mas também a investimentos simples. O segredo está em apenas usar essa reserva em casos de real necessidade. Nada de quebrar o porquinho de porcelana para curtir o fim de semana ou raspar a conta para aproveitar uma liquidação, combinado?
Tenha uma renda
Por fim, invista o conhecimento adquirido na faculdade para conseguir um bom emprego ou mesmo um estágio promissor. É claro que não é nada fácil conciliar estudo e trabalho de forma completamente harmônica, garantindo que você conseguirá realizar ambas as atividades com excelência. Mas com bastante organização e disciplina, é sim possível combinar faculdade e trabalho sem perder o foco.
Para garantir que a jornada dupla seja produtiva, tente atuar na sua área de estudos ou pelo menos em um segmento semelhante. Na própria graduação, você com certeza encontrará caminhos para estágios, monitorias ou pesquisas que podem render uma graninha por mês e, ainda, potencializar seu conhecimento acadêmico.
Agora que você já tem seu planejamento financeiro organizado, está pronto para lidar com as obrigações de uma universidade, bem como para arcar com o pagamento da matrícula ou rematrícula sem maiores dores de cabeça. Ah, e não custa ressaltar que algumas instituições permitem o parcelamento desse valor. Mas só aceite essa proposta em último caso, viu? Afinal, mesmo que os juros sejam baixos, parcelamento é sinônimo de dívida que, ainda que controlada, deve ser evitada.
Gostou das nossas dicas sobre planejamento financeiro para não passar aperto na hora da matrícula? Comece a colocar o aprendizado em prática baixando gratuitamente sua planilha de gastos. Com ela, você controla todas as despesas do mês e mantém o seu orçamento no azul!
Mas e então, ainda ficou com alguma dúvida sobre planejamento financeiro ou algum outro tópico da vida universitária? Comente aqui e compartilhe suas questões conosco!