Manual do vestibulando: 5 ferramentas Jedi para você arrasar na prova!

     

    Você decidiu ingressar no ensino superior no curso que você sempre sonhou, ou então não escolheu o curso ainda, mas já quer começar a estudar para garantir a sua vaga. Mas, agora, você se deparou com uma quantidade imensa de conteúdo para cobrir em pouco tempo e está meio perdido na preparação para o vestibular.

    Não entre em pânico! No post de hoje trouxemos um manual do vestibulando que vai ajudar você a se planejar direitinho. Siga nossas dicas e conquiste seu lugar no ensino superior!

    1. Saiba como organizar os seus estudos

    O maior erro de quem está em busca de qualquer meta de médio ou longo prazo — como é o caso da preparação para o vestibular — é o de não estabelecer metas intermediárias. Esse é um truque muito útil por dois motivos.

    Primeiro que ele ajuda a visualizar com mais clareza os passos necessários para se atingir o objetivo final. Quando temos um objetivo muito grande em mente, nem sempre é fácil deduzir as tarefas diárias que são importantes para alcançá-lo.

    No seu caso, o principal objetivo de médio prazo é cobrir a lista de conteúdos do vestibular e o prazo que você tem para cumpri-lo é de um ano letivo ou menos, dependendo da data da prova.

    Mas não é esse o alvo que você deve mirar diariamente durante o seu estudo, porque ele está tão distante do seu dia a dia que é até difícil enxergá-lo. Com um objetivo de médio prazo apenas, você não terá uma ideia muito clara do que deverá ser feito na sua rotina e só será capaz de avaliar o seu progresso quando for tarde demais.

    Por isso, você deve quebrá-lo num processo que envolva metas diárias, semanais e mensais, critérios que você possa avaliar com frequência e que se convertam facilmente em atividades para a sua rotina.

    Se a sua meta para o dia é, por exemplo, começar a estudar a reprodução das plantas angiospermas, é importante que fique claro quais páginas de que materiais você deverá ler e quais exercícios você deverá responder em seguida.

    A segunda razão da utilidade desse método é que ele o ajudará a se manter motivado. Isso porque motivação tem tudo a ver com o sentido de cada tarefa, ou melhor, a sensação de realização em cada atividade.

    Com metas de curto prazo você será recompensado com a sensação de dever cumprido diariamente e perceberá com maior facilidade a importância do estudo diário na jornada em busca da aprovação.

    Vamos explicar agora para você como quebrar esse objetivo de médio prazo e dar uma mãozinha para a sua motivação. Confira!

    1.1. Estabelecendo metas mensais

    As suas metas devem ser planejadas partindo das maiores hierarquias para as menores, nunca o contrário. Vamos começar, portanto, pela divisão do objetivo final ao longo dos meses da preparação. Você deve ter todos os seus meses planejados antes de você começar a se preparar.

    Se o objetivo é estudar todos os assuntos que vão cair na prova, você precisará então dividi-los em bocados menores. Para esse momento você deverá ter em mãos a lista de conteúdos do seu vestibular, é claro.

    Se você já estudou parte dos assuntos da lista, saberá quais tomam mais ou menos tempo e quais são mais fáceis ou mais difíceis para você. Pensando nisso, você dividirá os assuntos em grupos que pareçam igualmente trabalhosos para evitar que alguns meses fiquem sobrecarregados e outros muito leves.

    Lembre-se de respeitar a ordem dos conteúdos, já que alguns assuntos iniciais são importantes para compreender os seguintes.

    1.2. Estabelecendo metas semanais

    O planejamento semanal deve acontecer no fim do mês anterior, logo após a avaliação do cumprimento dos objetivos desse período. Perceba que um planejamento detalhado também permite que você avalie o que já foi feito e replaneje os passos seguintes caso alguma meta tenha sobrado do período anterior.

    O planejamento semanal é muito similar ao planejamento mensal no que diz respeito à divisão do conteúdo em pedaços menores. Dessa vez, além disso, você também atribuirá os horários das sessões de estudo de forma a se encaixarem na sua rotina.

    Crie apenas expectativas realistas para suas metas. Da mesma forma que cumprir uma meta traz uma sensação recompensadora, o não cumprimento acompanha frustração, a principal inimiga da motivação.

    Nada de planejar 20 horas de estudo por semana se você ainda não tem o costume de estudar nem mesmo 10. Se precisar, comece devagar para engatar em um ritmo seguro de estudo. Não precisa ficar ansioso, não se constrói um hábito forte assim da noite pro dia.

    1.3. Estabelecendo metas diárias

    Por fim, as metas diárias devem ser traçadas ao fim da semana anterior, após a devida avaliação do cumprimento das metas do período. É nas metas diárias que a mágica acontece, a transformação da lista de conteúdos em atividades.

    Para cada dia você deverá assinalar as páginas que devem ser lidas, os exercícios que devem ser resolvidos e quaisquer outras atividades como simulados ou a produção de resumos.

    Isso evita um dos maiores erros que os estudantes cometem que é sentar para estudar, mas não saber o que fazer. Se você separar duas horas do dia para estudar, mas decidir a cada sessão o que será feito dela, vai perder tempo de estudo todos os dias, além de contribuir para o sentimento de que não há nada a ser feito — já que não há nada planejado — ou que há coisa demais — porque você não sabe a real dimensão, já que não planejou.

    Com metas de curto prazo bem estabelecidas você combate esses dois problemas. Todos os dias você já acordará com atividades claras para cumprir e não precisará se preocupar com decisões difíceis, elas já estarão tomadas.

    2. Administre bem o seu tempo estudando

    O maior erro de um estudante é passar horas e horas estudando, mas não render, ou seja, sentir que depois de tanto tempo de estudo você não aprendeu nada. As três razões principais para isso acontecer são: você está estudando na hora errada, no lugar errado ou do jeito errado.

    Veja a seguir três dicas para resolver esse problema!

    2.1. Encontre a melhor hora do dia para estudar

    Todo mundo tem uma hora do dia — ou da noite — na qual rende mais. Se possível, esse deve ser o momento no qual você vai alocar suas sessões de estudo. Essa dica vai para quem está com bastante tempo para estudar em casa, afinal, se você está trabalhando e fazendo cursinho não vai ter muito o que escolher, não é?

    Se você tem mais de um turno para estudar, teste e observe em qual deles você consegue se concentrar com mais facilidade. Leve em consideração a rotina das pessoas que moram com você, o momento em que você pode ficar sozinho em casa para se concentrar ou que você pode ir para um lugar silencioso, o seu ritmo de sono e de alimentação etc.

    Quando encontrar o seu turno mais produtivo, realoque suas outras atividades, se possível, para reservar essas horinhas para estudar.

    2.2. Afaste-se das distrações

    Outro problema que vai interferir diretamente no seu tempo de estudo é a qualidade do espaço. O seu local de estudo deve ser confortável e à prova de distrações.

    Veja que conforto não quer dizer estudar na cama, hein? Você precisa de uma mesa e de uma cadeira que permitam que você se sente de forma ereta sem sentir dor. Não precisa de móveis chiques, basta que estejam retinhos e tenham a altura certa para você.

    Além disso, não deve haver nada em cima da sua mesa que não seja ferramenta de estudo e só aquelas que serão utilizadas naquela sessão. Seu ambiente de estudo deve ser tão limpo que sua mente não tenha outro lugar no qual focar que não a atividade que você planejou cumprir.

    Nem sempre é possível que a gente se livre de computador e de celular, já que eles podem ser bons aliados na hora de estudar — alguém estuda hoje sem internet? Mas é fundamental que você se policie para não ficar visitando as redes sociais em vez de estudar.

    2.3. Estude de forma ativa

    Apenas ler nem sempre é suficiente para guardar as informações que você precisa sobre cada assunto ou mesmo para compreender os fatores de um processo complicado, por exemplo, a Guerra dos Canudos ou o Ciclo de Krebs. Por isso fala-se muito em estudo ativo ou leitura ativa.

    Há várias técnicas que são usadas dentro desse tipo de estudo, como o grifo, as anotações, o resumo e os mapas mentais, que nada mais são do que uma forma de organizar as ideias de forma mais visual. Teste-os para encontrar os que fazem mais sentido para você.

    3. Treine para fazer uma boa redação

    A redação é um componente importantíssimo do vestibular e, portanto, exige atenção especial. É nessa parte do exame que será avaliada a sua capacidade de se expressar por meio do texto escrito e também será observado o quão atento ao mundo você está.

    Aí vão algumas dicas para ajudá-lo a se preparar. Confira!

    3.1. Simule o momento da redação

    O melhor jeito de garantir que você será capaz de organizar bem o tempo e se manter calmo durante o vestibular é fazendo simulações. Da mesma forma que você vai simular a resolução dos cadernos de questões, você também deve fazer o mesmo procedimento com a prova de redação.

    Leia o edital do exame e fique atento para informações como tempo de duração da prova e os números mínimo e máximo de linhas. Caso a redação do seu vestibular aconteça junto a alguma outra avaliação, estabeleça um tempo máximo para a escrita da redação que não prejudique a resolução das questões e o preenchimento do gabarito.

    Durante a simulação, não deixe que nada te interrompa. Como se estivesse no dia da prova, você vai se manter concentrado e incomunicável — nada de celular! — até terminar a redação. A cada simulação, registre o tempo que você tomou para escrever o texto. Com a prática você perceberá esse tempo diminuindo.

    Tenha em mente os critérios de correção e se habitue a não cometer erros como fuga do tema, por exemplo. Alguns critérios são bastante sutis e você, talvez, não consiga avaliá-los no seu próprio texto, então seria interessante ter um apoio profissional ou um colega com quem trocar as redações.

    Para fazer a simulação, você precisará, é claro, de uma proposta. Você pode buscar ideias em sites especializados ou usar as propostas dos ENEMs anteriores.

    3.2. Fique esperto para os próximos assuntos

    Não há como adivinhar qual será a proposta da redação do seu vestibular, mas é bastante provável que ela se trate de algum tema da atualidade. Sendo assim, não há outra forma de se preparar além de ficar atento aos destaques da mídia.

    Em geral, as propostas do Enem, por exemplo, tocam em assuntos que merecem a atenção dos jovens, questões polêmicas sobre as quais eles deveriam ser capazes de se posicionar, e exigem a sugestão de uma solução para o problema.

    Uma controvérsia que houve no começo do ano, por exemplo, foi a do apagamento de grafites em vários muros de São Paulo a mando do recém-eleito prefeito da cidade.

    Um acontecimento como esse poderia inspirar uma proposta de redação sobre o estatuto da arte: o que é considerado obra de arte e por quê? Ou sobre o seu acesso: como permitir que pessoas das classes sociais menos favorecidas possam usufruir de obras de arte?

    Não se esqueça, o seu texto deve estar de acordo com os Direitos Humanos, coisa que nem sempre o senso comum respeita. Então vale a pena ficar esperto e se manter bem informado para não vacilar.

    3.3. O bom escritor é, antes de tudo, um bom leitor

    Quando falamos, naturalmente, construímos nossa argumentação online, quer dizer, as frases são elaboradas no momento em que são ditas e não como reprodução de algo produzido anteriormente.

    Isso é possível porque, numa conversa, estamos cara a cara com nosso interlocutor, o que permite que usemos uma série de artifícios, como gesticulação, hesitação e refraseamento, ferramentas que ajudam a compor o sentido do que está sendo dito.

    Se, apesar disso, alguma dúvida persistir ou se o seu argumento ainda estiver confuso, as pessoas com as quais você estiver conversando sempre poderão interrompê-lo e lhe fazer perguntas — ou você verá nos seus rostos que elas não entenderam algo que você disse.

    Em outras palavras, quando se fala, há um feedback constante que permite que você saiba se está sendo compreendido ou não. Já o texto escrito não conta com todas essas regalias.

    Uma vez que ele não tem outro lugar onde apoiar o seu sentido, ele precisa falar por si mesmo. Por isso, colocar as ideias no papel de forma clara e objetiva não é uma tarefa tão fácil quanto é dizê-las em voz alta.

    Para produzir um bom texto você recorrerá ao seu repertório, não apenas no que diz respeito ao assunto da proposta, como já explicamos, mas também à estrutura textual. Esse conhecimento o ajudará a transformar um punhado de argumentos em uma unidade, um encadeamento de ideias.

    Como repertório é algo que só pode ser adquirido pela experiência, você precisará criar o hábito de ler textos argumentativos, como artigos de opinião, que podem ser encontrados facilmente nos jornais eletrônicos.

    Para além das questões específicas da argumentação, qualquer tipo de leitura — da poesia à divulgação científica — terá impacto no acúmulo dessas ferramentas. Com a literatura, por exemplo, você vai dar de cara com metáforas e estilos com fortes marcas de autoria; já lendo notícias, você encontrará formas de organizar uma grande quantidade de informações de forma objetiva.

    Ao acumular uma boa bagagem de leitura você também será capaz de identificar erros de ortografia e sintaxe sem recorrer a regras decoradas, porque intuitivamente você perceberá que há algo de errado com a frase. A sua experiência com a língua permitirá que você sinta os erros com muito mais facilidade e se esquive deles.

    4. O Manual do vestibulando digital: aplicativos e sites

    Se por um lado o celular e a internet podem ser distrações perigosas para um vestibulando, quem diria que, por outro, eles também não seriam ótimos aliados no foco e na motivação? A seguir, vamos explicar que tem uma ferramenta digital para ajudar em cada passo da sua preparação para o vestibular. Veja só!

    4.1. Para se organizar

    No comecinho do texto falamos sobre o estabelecimento de metas de curto e médio prazo para tornar um objetivo de médio ou longo prazo mais palpável, lembra? Pois bem, há três ferramentas gratuitas do Google que vão ajudar você nisso.

    A primeira, para as metas mensais, é o Google Sheets. Ele não é muito diferente de qualquer outro editor de planilhas que você já conheça e, portanto, é perfeito para fazer as tabelas que você precisará para o planejamento mensal, mas com a vantagem de deixá-las salvas na nuvem e onde podem ser acessadas de qualquer lugar.

    A segunda é o Google Calendar, mais interessante para as metas semanais, porque ele é ótimo para visualizar a sua rotina à medida que você vai atribuindo seus compromissos e encaixando as suas sessões de estudo aos dias da semana.

    Por fim, para as metas diárias, o Google Tasks, que fica dentro do Calendar. Ele permite criar uma lista de tarefas com seus respectivos prazos, de forma que você poderá descrever direitinho os materiais que serão usados em cada sessão de estudo para cumprir os conteúdos programadas para a semana.

    O Google Tasks não é muito amigável no celular, mas para usá-lo direitinho no Android, você pode sincronizá-lo com o aplicativo quase homônimo Tasks que vai ficar uma beleza.

    4.2. Para estudar sozinho

    Já dissemos o quanto é importante o foco na hora de estudar, né? Há duas ferramentas que vão ajudar você a se manter focado. Uma delas é o StayFocusd, um plugin do Google Chrome que permite que você bloqueie as páginas que mais o distraem durante os estudos.

    A outra, essa para celular, é o Forest. Ele é uma variação da técnica do pomodoro, com a vantagem de que você consegue recuperar as informações de duração das suas horas de estudo anteriores, o que pode ajudar a avaliar de forma mais precisa o cumprimento das suas metas.

    Ah, lembra dos mapas mentais de que falamos lá em cima? Pois bem, você pode fazer seus mapas no papel se preferir, mas pode fazê-los também no computador com ajuda do GoConqr. Essa ferramenta também permite que você edite seus mapas com facilidade e até compartilhe com seus colegas.

    4.3. Para estudar acompanhado

    Falando em colegas, nada como ter alguém acompanhando você na preparação para o vestibular, jornadas como essa sempre são mais fáceis quando a gente pode se apoiar e se inspirar em alguém tão determinado quanto a gente.

    Para facilitar essa parceria, vocês podem usar o Google Docs, que é um editor de texto da Google que, assim como o Sheets de que já falamos, permite que você e seus colegas editem textos ao mesmo tempo. Perfeito para a escrita colaborativa de resumos ou mesmo para compartilhar as redações de vocês, já que ele possui ótimas ferramentas de revisão e comentário.

    E, para finalizar, uma ferramenta que pode ajudar a tornar a preparação para o vestibular num desafio mais lúdico e aumentar a motivação do seu grupo: o Habitica, que você pode acessar tanto no navegador quanto no aplicativo de celular.

    Esse site permite que você transforme suas tarefas num jogo de RPG. Você poderá, por exemplo, enfrentar monstros com seus amigos em batalhas que serão decididas na capacidade de vocês de cumprirem todas as metas de estudo diárias.

    5. Foco, força e fé!

    Esses são os três ingredientes que não podem faltar na sua receita do sucesso: concentração, resiliência e autoconfiança. Não há sonho que se alcance sem eles.

    Como já dissemos antes, o foco é fundamental, porque se você não se concentrar o suficiente nas suas tarefas, vai se perceber gastando uma quantidade enorme de tempo com elas — e mais outro tanto se preocupando em não tê-las cumprido corretamente.

    A força também é muito importante, porque em vários momentos dessa jornada o cansaço vai bater, e com ele a vontade de desistir, mas você não pode se deixar levar. É provável também que no começo você cumpra suas metas de estudo com muita dificuldade e não será fácil manter o ritmo, mas você não pode desanimar.

    Disciplina nada é mais do que a capacidade de abrir mão de um conforto momentâneo para obter um ganho real a médio ou longo prazo. O que pode ser traduzido como: desligar o celular e começar a estudar. Exercite esse autocontrole e você será recompensado com a construção de um hábito sólido de estudo que será importante também para depois do vestibular.

    Por fim, assim como é importante se concentrar durante as sessões de estudo e encarar a preparação para o vestibular com determinação, também é muito importante que você confie no seu taco.

    É bem provável que você chegue a duvidar da sua capacidade em alguns momentos, como quando aparece aquele exercício dificílimo de física. Não dê ouvidos para esse sentimento! Se você seguir nossas dicas e estudar direitinho, pode confiar que será aprovado. Então respire fundo e acredite em si!

    Esperamos que o post de hoje tenha sido útil e que o nosso manual do vestibulando torne a sua preparação mais fácil. Se quiser receber mais dicas sobre o vestibular, assine nossa newsletter! É só cadastrar o seu e-mail!

     

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