Introdução
Quem pretende trilhar os caminhos do jornalismo com certeza sabe de um dos principais pilares da profissão: ser imparcial. Mas em meio a tantos acontecimentos que vemos hoje, principalmente na internet, surge a dúvida: existe uma hora certa para deixar sua opinião falar mais alto?
Em tese, isso nunca poderia acontecer, mas o fato é que o papel do jornalista dentro de um veículo de comunicação, por si só, é formar opiniões, fazer com que os leitores tomem seus partidos e com isso gerar discussão e mudança.
E se você quer entender mais sobre a carreira ou pretende iniciar o curso de Jornalismo e está caçando mais informações sobre ele, vem com a gente se embrenhar nesse universo cheio de pesquisa e dedicação!
Como é ser um jornalista?
Quando falamos nesse profissional, na grande maioria das vezes, o estereótipo que vem em nossa mente é do carinha do jornal impresso ou do âncora dos noticiários televisivos. Isso é normal, afinal de contas, são as carreiras que estamos mais acostumados a ver nas telas do cinema e no dia a dia.
Apesar de todo esse senso comum, ser jornalista vai além disso. Existem uma série de carreiras e exigências profissionais que todo “candidato a raposa” precisa estar disposto a aderir e se adaptar.
Algumas delas são a necessidade de ter flexibilidade de horário de trabalho, ter um ótimo português escrito e falado, além de ser muito organizado e responsável, caso seja necessário trabalhar como autônomo por exemplo. E se ao ler sobre o perfil do jornalista você acredita que possui tais características, vá sem medo!
Outra coisa que você tem que ter em mente: existem carreiras variadas para trabalhar. Independente de qual delas você escolha atuar durante sua vida profissional, é imprescindível ter persistência.
Nem sempre vai ser possível ingressar direto nos ambientes profissionais que desejamos, mas toda experiência conta na hora de conseguir a vaga dos sonhos, sendo assim, abrace tudo o que for contribuir para o seu conhecimento geral e específico.
Estágios são uma ótima oportunidade de aprender, então não deixe de procurá-los. Eles são facilitadores na hora de entrar de vez no mercado de trabalho e podem oferecer a base necessária para conseguir a aprovação da equipe de seleção e ser efetivado.
Dica: hoje, com o advento das mídias sociais e da internet, existem boas oportunidades para treinar seus textos e começar a ser um influenciador na sua cidade e região. Entre eles estão os blogs e as páginas do facebook.
Para ter sucesso é importante identificar necessidades e ser original. Oferecer mais do mesmo torna a tarefa mais árdua e desnecessária, concorda?
Parece besteira, mas começar dessa forma pode trazer a você visibilidade, facilidade para escrever, boas práticas de pesquisa e confirmação de dados (para não sair por aí disseminando as conhecidas fake news) e o mais importante: contatos, afinal de contas, eles podem ser o elo principal entre você e o sucesso profissional!
A linha tênue entre se envolver e ser imparcial
Das muitas coisas que se aprende no curso de Jornalismo, sem dúvida a parte de “ser imparcial nos textos e entrevistas” é uma das que mais são frisadas. Mas será que isso realmente é possível?
Em teoria universitária sim, e é o que você deve e precisa buscar em tudo o que for fazer relacionado a essa profissão. Porém na condição humana que temos, em toda situação, pendemos para escolher lados e defender o que concluímos ser o mais correto.
Isso às vezes acontece nem por vontade do jornalista. A própria empresa adere lados entre uma coisa e outra por interesses particulares ou de investidores. Esse é o primeiro passo para surgirem as notícias tendenciosas e manipulativas, como as que vemos nos meios de comunicação de massa atuais.
Na maioria das vezes essa adjetivação textual, ou seja, essa tomada de partido, não é bem vista. Gera discussão? Sim, mas não com o objetivo desejado. Claro, sempre tem quem concorde com a opinião expressa, mas as críticas por tentar influenciar leitores e/ou espectadores também toma corpo e degrine a imagem da marca/empresa junto a um nicho de consumidores e/ou potenciais clientes.
Seja no jornalismo geral, no esportivo ou no político, ter equidade textual é praticamente impossível, porém uma coisa é torcer para o que você acredita, outra completamente diferente é distorcer fatos, o que ultrapassa os limites e se torna inaceitável.
Quer algum exemplo? Vamos criar a seguinte situação e dizer o que você pode e o que não deve fazer.
Ela é a seguinte: você vai escrever um texto jornalístico falando sobre um ícone de alguma área (musical, científica, cinematográfica...). Nele deverá falar sobre os altos e baixos da carreira dessa pessoa.
- O que você pode fazer? Ser leal aos fatos, falar o que realmente aconteceu. Por ser seu ídolo, você acaba falando mais sobre as qualidades e coisas boas que ele fez, deixando apagados os fatos ruins desse percurso. Ou você nem gosta dele, e prefere falar mais sobre os atos falhos do que sobre os sucessos e coisas positivas que essa pessoa fez, porém nunca faltando com a veracidade dos fatos.
- O que você jamais deve fazer? Distorcer fatos ou inventar situações. Você não gosta daquela pessoa nem simpatiza com o posicionamento dela, ou gosta demais e em ambas as situações começa a “colocar palavras na boca dela” durante sua dissertação e criar episódios que nunca existiram.
Sejam elas desmoralizantes ou que joguem a pessoa a um patamar mais alto que o alcançado por ela, fatos que nunca aconteceram além de serem desmascarados rapidamente, deixarão a sua moral e carreira manchadas, além de contribuir para despencar a qualidade do seu trabalho frente ao mercado a um nível abaixo de zero.
Depois desses exemplos ficou mais claro essas diferenças? Acho que sim, não é? Também ficou mais fácil de entender sobre quando a sua opinião deve falar mais alto, de forma discreta, sensata, verdadeira e claro, levando em consideração o local onde você trabalha e o assunto ao qual está escrevendo. Coisas que você só aprende praticando!
Jornalismo imparcial é uma utopia!
Depois de toda essa leitura, fica bem claro como é impossível ser completamente imparcial no jornalismo. Profissionais experientes confirmam: nossas preferências sempre acabam tendo um peso emocional sobre o que escrevemos.
Sendo assim, continue buscando a carreira de jornalista pautado sempre na verdade e com foco na premissa da imparcialidade, ainda que seja difícil. Se ainda não tem certeza de que é ao curso de Jornalismo que pretende se dedicar, dê uma lida nesse material aqui, pode ser que te ajude a colocar as ideias no lugar, ok?
Esperamos que esse material tenha te ajudado a entender melhor sobre o assunto. Qualquer dúvida ou caso queira contribuir com alguma informação para esse texto, é só chamar a gente ali no box de comentários, ok?
Então até a próxima!