Introdução
Se você é um aspirante à jornalista, está em busca da universidade certa ou mesmo já iniciou o seu curso de Jornalismo, com certeza deve estar pesquisando há algum tempo sobre essa profissão. Provavelmente também já deve ter visto sobre como ela oferece uma boa quantidade de áreas de atuação.
Em meio a tantas possibilidades para direcionar suas habilidades jornalísticas, uma carreira em especial chama a atenção por, na maioria das vezes, manter a adrenalina no sangue e o instinto sempre em modo ativo!
Se você já pensou que estamos falando do Jornalismo Investigativo, acertou! Então vamos nessa com a gente entender um pouco mais sobre essa profissão e, quem sabe, descobrir uma paixão pela área de atuação?
Afinal de contas, o que faz um jornalista investigativo?
Toda matéria jornalística tem por natureza ser investigativa. Mas como assim? Então, não é só ficar sabendo de alguma notícia e compartilhar. E se for mentira? E se algum fato estiver encoberto? E se for fake?
Então antes de qualquer coisa, saber a verdade é fundamental, para não espalhar inverdades e nem comprometer a credibilidade do veículo de comunicação.
Apesar dessa afirmação, ainda existe uma área especializada em desvendar mistérios, desmascarar falcatruas e mostrar uma verdade desconhecida ao público, especialmente crimes e casos de corrupção que podem virar notícia, como a recente e conhecida da Lava Jato.
A diferença entre o trabalho do jornalista e do jornalista investigativo? Enquanto o primeiro recebe casos mais “rasos”, que conseguem ser apurados com agilidade, as notícias do segundo podem demorar dias, meses e até anos para serem desvendadas e os fatos poderem ser expostos.
O Jornalismo Investigativo se distingue por divulgar informações sobre más condutas que afetam o interesse público. Além de reconstruir acontecimentos importantes, expor injustiças, desmascarar fraudes…
Essas denúncias resultam de todo um trabalho de pesquisa dos repórteres, e não de informações meramente vazadas para as redações. Isso requer muito trabalho, cuidado e atenção.
Quem segue a carreira de jornalista investigativo tem uma rotina diferente do habitual. Ele normalmente realiza suas tarefas sobre a matéria sozinho, para que nenhum detalhe seja poupado ou esquecido e foca seus esforços somente naquele “caso” a ser resolvido.
Na profissão, algumas coisas serão utilizadas com certa frequência:
- Computador com acesso a internet para realizar buscas;
- Escutas e câmeras escondidas para registro de provas;
- Equipe de apoio caso necessário;
- Meio de locomoção;
- Em alguns casos, apoio da polícia ou justiça para conseguir autorizações.
Outra coisa importante de frisar, é que nessa profissão, nada pode ser desprezado. Todo tipo de fonte precisa ser analisada com cautela e atenção, sejam elas informações públicas, relatórios públicos, fontes oficiais, regulares, ocasionais, acidentais, documentações originais ou secundárias, arquivos oficiais ou privados.
Tudo isso para conseguir ir atrás de fatos, confirmar álibis, interrogar pessoas, escarafunchar documentos, cruzar dados e lá na frente conseguir mostrar para a população a realidade, que por algum tempo ficou escondida por trás dos panos.
Bem emocionante, não é? Então vem com a gente saber onde esses jornalistas encontram bons locais para trabalhar!
Onde o profissional de Jornalismo Investigativo pode trabalhar?
Bom, antes de citarmos alguns locais onde esse profissional pode ser contratado, vamos compartilhar informações importantes, como o fato deles terem uma associação aqui no Brasil, a ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos, que é uma baita mão na roda para quem quer se especializar.
Os associados conseguem ter acessos a dados exclusivos e todo o público que pretende se especializar na área pode ter informações sobre materiais de formação para área, como livros, publicações e cursos.
Os próprios associados oferecem oportunidades bacanas no site, então esse é um lugar bem interessante de estar ligado se pretende seguir a carreira após se formar em Jornalismo.
Ah, ainda tem um evento bem bacana que se tiver a oportunidade de participar, não pode deixar de ir, que é a Conferência Global de Jornalismo Investigativo. Lá você vai ter a chance de fazer um baita network e ficar por dentro de tudo o que rola nesse mercado tão interessante!
Se você não quer parar por aqui, e quando dizemos aqui estamos nos referindo ao Brasil, existe também o ICIJ - International Consortium of Investigative Journalists, fundado em 1997 pelo jornalista americano Chuck Lewis. Ele é um grupo de mais de 150 jornalistas, espalhados em 65 países, que buscam desenterrar delitos internacionais, corrupção e abuso de poder.
E além de poder atuar com freelancer nesses trabalhos gigantescos, essa profissão permite que você seja contratado por diferentes tipos de empresas. Governo, jornais, redes de televisão, rádio e todo local que julgar importante esse tipo de trabalho.
Mas para aceitar qualquer editorial, lembre-se de estar tudo coeso com o Código de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Algumas tarefas da profissão são perigosas, e é importante estar coberto por tudo que possa assegurar sua segurança pessoal e profissional, beleza?
Quero ser jornalista investigativo, por onde começar?
Bom, quem pretende ser jornalista investigativo precisa começar, como qualquer outro profissional do ramo, pelo curso de Jornalismo. Nesse contexto, tente ingressar em uma faculdade renomada em sua região, que te ofereça oportunidades de congressos, network e muito trabalho interdisciplinar para treinar suas habilidades.
Para ter sucesso nessa carreira é importante saber o valor da imparcialidade, ter muitos contatos e pessoas de confiança para te ajudar e acima de tudo, ter em mente que nada cai do céu.
Para que as suas investigações aconteçam e tenham sucesso, é importante correr atrás do que precisa, sem medo de desafios e sem desanimar na primeira frustração. Erros e acertos fazem parte do processo do trabalho e você precisa lidar com eles.
Em uma entrevista bem bacana, uma freelancer investigativa mexicana de prestígio, Alejandra Xanic von Bertrab Wilhelm, deixou aqui algumas dicas para ter sucesso nessa área. E assim como ela fez, busque também aprender cada vez mais com quem é atuante nesse segmento.
Por se tratar de uma profissão com riscos, todo cuidado é importante. Ah, lembrando que após se formar, é imprescindível correr atrás de uma especialização na área. Esses detalhes lhe oferecerão o suporte necessário para ir preparado buscar seus furos de reportagem e ter sucesso!
Esperamos que você tenha gostado desse material e que ele tenha te ajudado a se decidir pela carreira! Qualquer dúvida, lembre-se de nos chamar alí no box de comentários! Até a próxima, amigo!