Enfermagem: do curso ao mercado de trabalho

     

    Escolher uma profissão para seguir não é uma tarefa fácil! Há muitas opções de cursos por aí, por isso é necessário se informar bastante antes de tomar uma decisão. Para ajudar você nessa pesquisa, vamos falar um pouco, no texto de hoje, sobre o enfermeiro e o curso de enfermagem.

    Se você é alguém que gosta de cuidar de outras pessoas, não tem medo de sangue e se interessa pela área da saúde, talvez essa seja a carreira certa para você!

    O curso de Enfermagem

    Durante a sua formação, o enfermeiro precisa estudar:

    • conceitos de Biologia e Química;

    • especificidades da Enfermagem para diferentes áreas da Medicina;

    • especificidades da Enfermagem em si;

    • e gestão.

    No primeiro grupo se encontram algumas matérias que costumam aparecer de forma bastante superficial nas aulas de Biologia e Química do Ensino Médio. Durante o curso de Enfermagem, o estudante estudará de forma aprofundada sobre Histologia, Embriologia, Anatomia e Microbiologia, por exemplo, e também Química Orgânica e Farmacologia.

    Embora no mundo da ciência haja o costume de se compartimentalizar o conhecimento, no mundo real está tudo conectado. Então, para compreender melhor os procedimentos pelos quais passam os pacientes, o estudante de Enfermagem precisará saber conectar esses conceitos.

    Uma vez que cada área da Medicina possui características muito próprias, o mesmo ocorre com a Enfermagem. Os pacientes terão diferentes necessidades de acordo com a doença e a gravidade do quadro, o que significa que serão exigidos diferentes conhecimentos e habilidades do enfermeiro.

    Algumas pessoas precisarão de curativos, outras de aparelho de gesso ou coleta sanguínea. Já pacientes terminais vão exigir cuidados paliativos, que podem ir além da atenção à dor física e envolver o sofrimento de forma geral. Nesses casos, o enfermeiro precisará de muita empatia e zelo para garantir também conforto emocional nesse momento tão delicado. 

    Falando em cuidado, esse é o ponto central da profissão. Durante uma internação, um paciente tem muito mais contato com os profissionais da enfermagem do que com os médicos. Os enfermeiros acompanham a rotina do paciente internado mais de perto e, por isso, precisam compreender a presença desse paciente de outra forma.

    Também há matérias no curso que contemplam conhecimentos da área de gestão. Às vezes nos esquecemos disso, mas por trás das consultas e cirurgias há uma grande burocracia que rege o funcionamento de um hospital.

    Há uma grande quantidade de funcionários para contratar e gerir, assim como há muitos equipamentos bastante caros para adquirir e alocar. Uma gestão mal feita desse espaço pode subutilizar os recursos do hospital e levar os pacientes a sofrerem graves consequências. Por isso a importância de se aprender sobre a parte burocrática e administrativa.

    Ao fim do curso, há também um estágio obrigatório, chamado de Estágio Supervisionado, porque prevê a supervisão de um enfermeiro docente sobre a prática do estudante. O seu papel é acompanhar o aluno no exercício da profissão de forma a contribuir com a sua formação.

    Vale lembrar que o estágio, além de ser a porta de entrada para o mercado de trabalho, é uma etapa importantíssima da formação de qualquer profissional. Principalmente no caso de um curso com uma aplicação tão prática, como o de Enfermagem. Imagine como você se sentiria perdido se saísse da sala de aula para a de cirurgia sem nenhuma orientação?

    O perfil do enfermeiro

    Mais um fator a se levar em conta nessa escolha é se o curso e as carreiras que se abrem com o diploma combinam com você e com os seus planos.

    Além de saber de tudo aquilo sobre o que falamos no item anterior, há outras qualidades que são a cara do profissional de Enfermagem. Afinal de contas, não é fazendo uso apenas de conhecimento que ele vai ser capaz de trazer o conforto que os seus pacientes precisam.

    Para cumprir  essa tarefa, o enfermeiro precisa ser, acima de tudo, muito cuidadoso e muito empático. Ele precisa ser capaz de se colocar no lugar dos seus pacientes para compreender as suas dores e as suas necessidades. Só assim ele poderá desenvolver um olhar atento e minimizar o sofrimento da estadia no hospital.

    Mesmo empregando muita sensibilidade na sua rotina, o enfermeiro também precisa ter firmeza para não se abalar demais com situações tristes que podem vir a ocorrer no seu local de trabalho e, dessa forma, não comprometer o atendimento dos outros pacientes.

    O mercado na área de enfermagem

    O bacharel em Enfermagem possui algumas opções de carreira. A primeira que vem à cabeça quando pensamos num enfermeiro é o trabalho nos hospitais e postos de saúde. Porém, ele também pode trabalhar para empresas de home care, em ambulatórios ou mesmo em equipes de resgate de vítimas de acidentes.

    Saindo um pouco da atuação mais prática, o graduado também pode continuar se especializando na academia e se tornar professor em cursos técnicos ou de nível superior. Outra opção para quem tem vontade de continuar estudando é seguindo a carreira de pesquisador da área de Enfermagem para produzir conhecimento e contribuir com o progresso da profissão.

    Ainda que haja uma grande quantidade de estudantes se formando todos os anos, o mercado ainda tem capacidade de absorver muito mais. Isso porque a grande maioria dos profissionais da área não possuem curso superior e os que possuem se concentram, principalmente, na região Sudeste. Dessa forma, na maior parte do país, um diploma de enfermeiro já dá um grande destaque ao profissional.

    A diferença entre enfermeiro, auxiliar de enfermagem e técnico em enfermagem

    Ainda que os dois profissionais trabalhem na mesma área e, muitas vezes, possam até cumprir as mesmas funções num dado espaço, há algumas diferenças bastante importantes entre eles.

    Tudo começa na formação de cada um deles. Enquanto que o enfermeiro possui um curso numa instituição de ensino superior com duração mínima de cinco anos, o técnico em enfermagem faz um curso técnico de cerca de dois anos e o auxiliar estuda durante apenas quinze meses.

    A diferença no tempo de formação impacta as possibilidades de carreira de cada um. O enfermeiro é o que possui o maior leque profissional, como já falamos anteriormente. Num hospital, ele poderia ser superior direto do técnico e do auxiliar de enfermagem, sendo incubido de gerir a equipe.

    Outra diferença entre os três é o nível de complexidade dos pacientes que eles podem atender. Enquanto o enfermeiro pode acompanhar casos mais complexos, ao auxiliar de enfermagem só é permitido o cuidado com pacientes que apresentam quadros mais simples. Feitas essas ressalvas, os três profissionais podem fazer curativos, aplicar vacinas, higienizar pacientes e executar atividades de cuidado básico.

    Ficou bem claro então que se você tem vontade de se destacar na área, o curso de graduação é o melhor negócio para a sua carreira, não é?

    Achou o curso de enfermagem interessante, mas ainda não sabe se um curso de ensino superior é o que você está precisando? Nós temos um texto que vai  explicar direitinho como a faculdade pode melhorar a sua perspectiva financeira.

     

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