De acordo com o Perfil Socioeconômico Estudantes de Graduação das Universidades Federais, estudo realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 48% dos universitários tiveram alguma crise emocional no espaço de 12 meses.
Os dados tratam apenas sobre a realidade nas universidades federais, mas a verdade é que a pressão psicológica é transversal aos alunos de todas as instituições de ensino superior.
O resultado está nas estatísticas e mostram que a população universitária debate-se com medos, ansiedades e desesperança.
Você tem se sentido assim? Então continue a ler o post para saber como lidar com toda essa pressão e sentimentos conflitantes.
A ampliação do acesso ao ensino superior deu uma oportunidade de ouro a muita gente.
E, em uma sociedade em que o diploma define o cargo, o salário e até o sucesso, isso tem um grande significado.
Frequentar uma graduação é, por si, um privilégio que coloca os estudantes universitários muitos passos à frente daqueles que não tiveram a mesma chance.
A vantagem também traz consigo um peso: o peso da responsabilidade. Ao entrar em um curso superior o mais rapidamente possível, você também precisa “dar certo”. Não há margem para erro, pois tempo é dinheiro.
Essa mentalidade tem um efeito complicado porque afeta a sociedade e acaba por influenciar a cultura em que estamos inseridos. A família e o(a) próprio(a) estudante, inclusive, também fazem parte disso.
Externamente, o mundo diz: “Esqueça as dúvidas!” “O importante é que você está fazendo um curso que dá dinheiro” “Comece a trabalhar logo em qualquer coisa”.
Mais do que uma porta para o futuro, o ensino superior tem uma certa carga de status. Para quem faz cursos mais tradicionais, como Medicina, Direito e Engenharia, a pressão por um retorno financeiro,especialmente, é ainda maior.
Enquanto isso, a cabeça do(a) universitário(a) está um caos: “Será que eu escolhi o caminho certo?” “Será que eu sou suficiente para o mercado de trabalho?” “E se eu for mais um(a) na estatística do desemprego?”.
Podem parecer apenas perguntas soltas, mas elas de fato atormentam e podem contribuir para as crises emocionais citadas no início do texto.
Para ilustrar um pouco mais essa situação, há mais uma pesquisa, dessa vez feita pela empresa multinacional de consultoria McKinsey & Company. O levantamento “Educação para o trabalho: desenhando um sistema eficaz” revelou que quase 50% dos estudantes do ensino superior não se sentem preparados para o mercado de trabalho.
A falta de confiança no modelo educacional e nas próprias capacidades são mais uma causa da autocobrança insistente e prejudicial.
Isso porque, os estudantes,focados em todas essas preocupações têm dificuldades para enxergar as oportunidades, conseguir ter um bom rendimento acadêmico ou ter ações estratégicas para otimizar o período de graduação.
É um fato que esse cenário é bastante comum, apesar de pouco comentado, mas nem por isso ele deve definir o rumo dos alunos.
As cobranças surgirão e continuarão, algumas são até naturais, o mais importante é fazer com que elas não tenham assim tanta influência negativa.
E já que a pressão psicológica infelizmente não vai desaparecer da noite para o dia, mais vale lidar com ela e cuidar do que mais importa: você e a sua saúde.
Veja o que fazer para segurar a onda e continuar a sua graduação de uma forma mais leve.
A melhor forma de lidar com determinados assuntos e emoções é falando sobre eles. Troque impressões com pessoas próximas e que sejam empáticas com as suas dúvidas e receios.
Escolha bem porque esse precisa ser um compartilhamento seguro, em que você se sente acolhido(a) e não mais julgado(a).
Você pode falar com os seus pais, amigos, familiares e até com outras pessoas que estejam passando pela mesma situação.
Sendo uma fase tão exigente, você não pode descuidar do seu corpo e, muito menos, da sua mente. Vale a pena investir em terapia para ir mais fundo nas questões que mais te incomodam e fortalecer o apoio emocional.
Também pode ser interessante fazer alguma atividade física, se você ainda não faz, para ajudar a aliviar a tensão. Importante lembrar que esse não deve ser mais um peso no seu cotidiano, mas sim um momento de prazer e autocuidado.
A carga de trabalhos acadêmicos e provas pode acentuar a pressão psicológica do estudante sobre ele mesmo e contribuir para um estado emocional alterado.
A melhor forma de evitar que isto aconteça é estabelecer um plano de estudos. Essa sensação de controle da rotina que um cronograma proporciona alivia a ansiedade e ainda permite que os conteúdos estejam em dia.
Pensar no futuro é natural e importante, mas perder-se em pensamentos angustiantes sobre a incerteza de tudo o que acontecerá depois da graduação não é saudável.
Por isso, concentre-se no agora e no que você pode fazer hoje pelo seu amanhã. Olhe para a frente, mas sem tirar os pés do chão e viva o seu curso aproveitando o que ele tem para oferecer.
A pressão na hora de fazer uma graduação é real, mas o seu valor também. Não deixe que as vozes derrotistas, exteriores ou interiores, façam com que você desista.
Continue plantando conhecimento porque a hora de colher os bons frutos vai chegar!
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