Se você está se preparando para o vestibular, certamente se interessa por saber mais sobre as provas comumente utilizadas para a seleção dos alunos que buscam ingressar em uma instituição de ensino superior. Para lhe ajudar nessa empreitada, vamos solucionar suas 7 maiores dúvidas sobre o ENEM, o processo seletivo universitário mais importante e concorrido do Brasil.
Sanar as dúvidas sobre o ENEM é importante por duas razões principais. Primeiro, porque esses esclarecimentos direcionam o foco do estudante, permitindo que ele direcione a sua atenção para os aspectos relevantes do exame. Em segundo lugar, pela possibilidade de essas elucidações evitarem potenciais inadequações durante a preparação para a prova.
O ENEM é a sigla correspondente ao Exame Nacional do Ensino Médio, configurado sob a forma de um instrumento avaliativo criado e gerido pelo Ministério da Educação. A finalidade fundamental da prova é avaliar o desempenho escolar do estudante que concluiu todas as etapas da educação básica. Alunos concluintes ou pessoas que já finalizaram o ensino médio em anos anteriores podem ser submetidos ao exame.
A prova não é obrigatória, no entanto, a concorrência a vagas em muitas universidades e em programas de apoio e de financiamento estudantil está atrelada à nota obtida no exame, tornando sua realização essencial. O ENEM é regido por edital próprio, geralmente publicado no primeiro semestre de cada ano, e oferecido anualmente, normalmente, durante o segundo semestre.
As informações específicas sobre o funcionamento do ENEM constam no edital da prova. Nesse documento, estão, por exemplo: o calendário com os prazos para os procedimentos relativos ao exame — tais como pedido de isenção de taxa de inscrição, efetivação e pagamento da inscrição, realização da prova e divulgação de resultados —, as matérias cobradas e os critérios avaliativos. Inclusive, para a prova desse ano, houve mudanças importantes.
O objetivo geral do ENEM é propiciar, com base nos resultados apresentados por aqueles que realizam a prova, um panorama do desempenho escolar dos estudantes brasileiros que concluem o ensino médio. Além disso, o ENEM é usado para ingresso no ensino universitário, e, obrigatoriamente, no processo de solicitação do FIES e na concorrência a uma bolsa do PROUNI.
Assim, a nota obtida no ENEM é utilizada como:
critério único de seleção para as pessoas que pleiteiam a concessão de uma bolsa de estudos no Programa Universidade para Todos — PROUNI;
pré-requisito para obter financiamento estudantil junto ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior — FIES;
e meio de seleção complementar ao vestibular ou mesmo em substituição a ele em processos seletivos de boa parte das faculdades e universidade públicas e privadas de todo o país.
O ENEM é estruturado sob a forma de cadernos de provas, gabarito de respostas e folha de redação. Os cadernos de provas são compostos por 180 questões subdivididas igualmente entre as áreas de: Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
A aplicação do exame é feita em dois dias, com o agendamento para o final de semana. No primeiro dia, no período máximo de 5 horas e meia, são aplicadas as questões referentes à Matemática e a Linguagens e Códigos, além da proposta de redação. No segundo, durante o período total de 4 horas e meia, devem ser respondidas as questões das partes de Ciências Humanas e Ciências da Natureza.
Os conteúdos avaliados no ENEM baseiam-se nas disciplinas ofertadas no decorrer do ensino médio. Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, são cobradas matérias de geografia, história, sociologia e filosofia. Na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, são abordados conhecimentos de biologia, química e física.
Em Matemática e suas Tecnologias, as questões versam sobre as habilidades matemáticas. Na parte de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, cobram-se as matérias de língua portuguesa, literatura, língua estrangeira — inglês ou espanhol —, artes e educação física.
As questões que compõem o exame são objetivas, ou seja, de múltipla escolha, havendo 5 alternativas de resposta — entre as quais deve ser apontada a correta — para cada uma delas. De modo geral, são feitas contextualizações na apresentação das questões, o que pode tornar os enunciados extensos e mais complexos, assim como exigir maior capacidade de compreensão e raciocínio para a devida resolução.
Na internet, existem sites em que podem ser consultadas as provas anteriores, o que possibilita maior conhecimento sobre os tipos de questões que caem no exame.
A redação tem um peso muito importante na avaliação feita pelo ENEM, valendo o total de mil pontos. Em geral, a proposta de redação consiste na solicitação de uma produção textual — que tenha entre 8 e 30 linhas — em prosa e na modalidade escrita formal da língua portuguesa, do tipo dissertativo-argumentativo, acerca de um determinado tema. Fazem parte da proposta textos de base que objetivam motivar a produção do estudante.
A proposta de redação prevê a defesa de uma tese — ou seja, a emissão de uma opinião sobre o tema proposto — que deve estar sustentada em argumentos com consistência e estruturados de forma coesa e coerente, respeitando-se os direitos humanos. Além disso, espera-se que seja elaborada uma proposição de intervenção social para auxiliar na resolução do problema apresentado no decorrer do texto.
Não é possível prever o tema da redação, contudo, as temáticas solicitadas ao longo do período em que o ENEM tem sido aplicado podem ajudar a ter uma ideia. Nos últimos 4 anos, os temas das propostas foram: intolerância religiosa no Brasil, a persistência da violência contra a mulher no Brasil, publicidade infantil em questão no Brasil e lei Seca no Brasil. Trata-se de temáticas que abordam questões sociais específicas ao país.
A redação objetiva verificar a capacidade do estudante para se expressar competentemente por meio da língua padrão escrita. Para isso, os critérios avaliativos baseiam-se na checagem de 5 competências: domínio da modalidade escrita formal da língua, compreensão e atendimento ao tema, argumentatividade, emprego de mecanismos linguísticos de coesão e coerência, bem como desenvolvimento de uma proposta de intervenção.
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