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Inflação em Varginha tem recuo de -0,55%

Pelo segundo mês consecutivo, o Índice Municipal de Preços ao Consumidor de Varginha (IMPC) apresentou deflação, desta vez de -0,55% no mês de agosto em comparação com julho. Considerando o período de doze meses, a inflação acumulada atingiu 7,25% e levando em conta apenas este ano de 2025 o nível geral de preços teve alta de 4,28% na cidade.


O IMPC é um indicador geral de inflação medido pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) através do Grupo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos (GESEc) em parceria com o Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL. Para a construção desse índice são coletados cerca de 500 preços de 44 itens distribuídos em 5 grandes grupos de gastos, sendo eles: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação.

 

O grupo com a maior alta foi mais uma vez habitação (2,80%), novamente com destaque para energia elétrica (3,19%) devido à aplicação da bandeira tarifária vermelha em patamar 2. O gás de cozinha teve elevação de 2,84% e os itens de higiene pessoal (2,72%).


Comunicação apresentou aumento médio de 0,56%, com os planos básicos de internet subindo 2,10% e os planos de telefonia móvel queda de -2,24%.


O grupo Transporte recuou -0,71%, principalmente em razão da queda nos preços médios da gasolina (-0,93%) e do diesel (-1,51%).


Alimentação novamente apresentou recuo (-3,56%). Os produtos com as maiores elevações foram banana (7,58%) devido à contenção de oferta e a demanda mais aquecida, manteiga (6,47%) e óleo de soja (6,24%), este último devido à alta recente na cotação da soja. Enquanto as quedas mais significativas ocorreram com os mesmos produtos do mês anterior: alho (-28,45%), tomate (-24,19%) e cebola (-22,06%) em função das intensificações nas colheitas.


O grupo educação se manteve estável.


Houve semelhança com o resultado do IPCA, indicador oficial de inflação no Brasil, que apresentou deflação de -0,11% em agosto. As convergências nos resultados local e nacional foram em alimentação e transporte, porém houve divergência no grupo habitação.


A difusão inflacionária, indicador que demonstra a quantidade de produtos pesquisados que tiveram alta nos preços médios, foi de 27,3% em Varginha no mês de agosto, bem abaixo em comparação com o mês anterior quando atingiu 38,6%. A amplitude das variações, diferença entre o produto com maior alta e aquele com maior queda, foi de 36,03 pontos percentuais, uma diminuição em relação a julho quando indicou 51,45 p.p.


Nossas previsões realizadas no relatório anterior se confirmaram plenamente, com mais uma forte alta na energia elétrica que foi determinante para a aceleração do grupo habitação; as colheitas se intensificando e contribuindo para queda na alimentação; bem como os grupos comunicação e transporte com variações mais tênues.


Para o curto prazo, as nossas projeções apontam para a chegada da entressafra de alguns produtos alimentícios e a provável continuidade de alta na energia elétrica, fatores que podem provocar uma retomada da inflação em Varginha.

 

Confira a pesquisa completa clicando aqui.