Índice da cesta básica tem alta em São Lourenço no mês de janeiro
Após dois meses consecutivos de queda, o Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) teve elevação de 3,93% neste início de janeiro em comparação com o mesmo período de dezembro. A batata e o tomate foram os produtos com maiores altas, enquanto o leite integral apresentou a maior queda. No período de um ano, entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, o valor da cesta básica em São Lourenço subiu 12,75%.
Essa pesquisa é feita a partir do levantamento de preços dos 13 produtos componentes da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo como base a metodologia adotada pelo DIEESE nas principais capitais do país.
Neste início do mês de janeiro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$667,48, correspondendo a 59,54% do salário mínimo líquido. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 121 horas e 10 minutos no mês para adquirir essa cesta de produtos.
Entre dezembro e janeiro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, oito tiveram alta dos preços médios: Batata (34,13%), Tomate (30,47%), Óleo de soja (3,41%), Açúcar refinado (2,44%), Manteiga (2,23%), Café em pó (1,92%), Banana (1,58%) e Feijão carioquinha (0,20%). Mais uma vez o pão francês teve o seu preço médio inalterado. E quatro produtos apresentaram queda em seus valores: Leite integral (-5,86%), Farinha de trigo (-2,58%), Carne bovina (-1,60%) e Arroz (-0,22%).
Este é o segundo mês em que os produtos hortifrutigranjeiros estão entre os que mais subiram de preços em São Lourenço, contribuindo decisivamente para o resultado do índice nesta última pesquisa. Os resultados obtidos em São Lourenço se assemelham bastante com o que foi verificado em Cataguases, Varginha e Pouso Alegre, reforçando a compreensão de que a dinâmica dos preços dos alimentos segue sendo influenciada principalmente pelo comportamento da oferta, tanto em função do nível de produção como no que se refere à área de plantio e grau de produtividade.
Para o curto prazo espera-se uma queda no valor da cesta básica em razão da intensificação da safra de alguns produtos, como no caso dos hortifrutigranjeiros. Porém, estamos reforçando em nossos relatórios deste mês que, a médio prazo, se faz muito necessária a implantação de políticas de incentivo à produção nacional a fim de elevar a oferta e a produtividade, bem como o fomento à maior disponibilização dos itens alimentícios básicos no mercado interno.