Em São Lourenço valor da cesta básica tem queda no mês de março
Após dois meses de alta, o Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) indicou baixa de -6,87% neste início de março em comparação com o mesmo período de fevereiro.
Nesta pesquisa nenhum produto apresentou alta nos preços médios, enquanto que as maiores quedas ocorreram com os hortifrutigranjeiros (banana, batata e tomate), leite integral e farinha de trigo. Comparando com o mês março de 2022, o valor da cesta básica em São Lourenço encontra-se estável -0,41%. A pesquisa é realizada através do levantamento de preços dos 13 produtos componentes da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo como base uma metodologia adaptada do DIEESE.
Neste início do mês de março, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$647,39, correspondendo a 53,75% do salário mínimo líquido (salário mínimo total descontado o INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 109 horas e 23 minutos no mês para adquirir essa cesta de produtos.
Entre os meses de fevereiro e março, nenhum dos produtos pesquisados apresentou alta em seus preços médios; um produto manteve os valores médios inalterados: o pão francês; e doze produtos tiveram queda em seus valores: Banana (-29,11%), Batata (-20,78%), Tomate (-17,36%), Leite integral (-7,52%), Farinha de trigo (-6,00%), Arroz (-5,02%), Óleo de soja (-3,18%), Carne bovina (-2,16%), Feijão carioquinha (-1,67%), Manteiga (-0,99%), Café em pó (-0,46%) e Açúcar refinado (-0,16%).
Ao contrário do mês anterior, nesta última pesquisa os resultados verificados em São Lourenço estiveram em consonância com Pouso Alegre, Varginha e Cataguases. Isso confirma nossas predições de que a intensificação da safra dos hortifrutigranjeiros, o aumento da oferta de alguns produtos como o leite e o óleo de soja, bem como a estabilidade nos preços de outros, permitiriam uma diminuição no valor da cesta básica.
Porém, outra constatação nos relatórios deste mês é que, mesmo com essa queda no valor da cesta básica, o seu custo ainda se encontra bastante elevado, representando mais da metade do salário mínimo líquido em todas as cidades pesquisadas. Salientamos também que no curto prazo alguns produtos entrarão no período de entressafra o que poderá provocar novos aumentos nos preços com impacto direto no orçamento das famílias.
Dessa forma, estamos reforçando nos relatórios deste mês a necessidade de políticas de incentivo à produção e disponibilidade no mercado interno para contribuir com a oferta dos gêneros alimentícios de primeira necessidade em valores mais acessíveis para a população.