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Varginha teve forte alta na inflação geral em janeiro

O Índice Municipal de Preços ao Consumidor de Varginha (IMPC) apresentou considerável elevação de 1,72% em janeiro comparado com o mês de dezembro. No acumulado de doze meses a inflação geral varginhense atingiu o nível de 8,74%.

 

A partir deste mês, o IMPC passa a ser calculado de forma conjunta pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas), o Departamento de Pesquisa do Unis e o GEESUL. Para esse cálculo são coletados os preços de 5 grandes grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação. 

 

No mês de janeiro, o grupo que apresentou maior elevação média de preços foi educação (8,98%) resultante da correção anual de mensalidades escolares.

 

O grupo alimentação desacelerou em relação à última pesquisa, mesmo assim apresentou alta de 1,41%. Os maiores encarecimentos ocorreram com os produtos ovos (22,04%), café em pó (14,06%) e carne suína (6,48%) influenciados pela oferta restrita e a demanda aquecida. Os itens que tiveram maior recuo foram cebola (-15,17%), óleo de soja (-10,64%) e banana (-10,50%) devido ao avanço das colheitas e maior nível de estoques.

 

O grupo transporte elevou 0,56% devido à correção nos valores médios da gasolina (1,36%) e do diesel (0,93%). Cabe destacar que não consta nestes dados o reajuste ocorrido nos combustíveis no início do mês de fevereiro, devido à elevação do ICMS.

 

No caso do grupo habitação houve leve alta de 0,10%, tendo como principal destaque a queda na energia elétrica (-0,91%). Já os itens de higiene pessoal e produtos de limpeza geral da residência tiveram correções tênues.

 

O grupo comunicação se manteve estável.

 

O índice oficial de inflação no Brasil, medido pelo IPCA do IBGE, teve alta de 0,16% em janeiro. Este foi o menor nível de inflação para este mês desde o início do Plano Real. Os grupos alimentação e transporte tiveram as maiores elevações.

 

Nossa previsão no relatório anterior indicava para a possibilidade de alta inflacionária provocada por reajustes de serviços, como no caso das mensalidades escolares, e também uma desaceleração no grupo alimentação devido à intensificação das safras e colheitas. Tais previsões se concretizaram.

 

No entanto, cabe destacar que o resultado de Varginha destoou muito da média Brasil. O reajuste das mensalidades escolares na educação básica foi o principal responsável pela alta no indicador inflacionário varginhense.

 

A difusão inflacionária no mês de janeiro, que representa a quantidade de produtos pesquisados que tiveram alta nos preços médios, foi de 43% em Varginha, menor que os 48% ocorrido em dezembro.

 

Para o curto prazo, as nossas projeções indicam que fatores como a queda na cotação do dólar e a continuidade das colheitas de alguns produtos podem contribuir para uma desaceleração inflacionária local. Por outro lado, o reajuste dos combustíveis no início de fevereiro e a correção nos valores de alguns serviços podem limitar essa desaceleração.

 

Confira a pesquisa completa clicando aqui.