Valor da cesta básica tem queda em Varginha
Após a elevação ocorrida no mês anterior, o Índice da Cesta Básica de Varginha apresentou recuo de -5,23% no início de agosto comparado com o mesmo período de julho. As maiores altas ocorreram com banana, açúcar refinado e leite integral, enquanto que as quedas mais substanciais foram com tomate, batata, arroz, manteiga e carne bovina. Comparando o atual valor com agosto de 2024, o aumento acumulado é de 12,30%.
A pesquisa é realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) através do GESEc (Grupo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos), com apoio do Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL. A coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos é feita na primeira semana de cada mês nos principais supermercados da cidade.
Na primeira semana de agosto, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha era de R$668,58. Este valor representa 47,62% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Sendo assim, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal, precisa dedicar 96 horas e 54 minutos por mês para adquirir essa cesta. Considerando a linha de corte da renda mensal per capita das pessoas pobres, que é de R$218,00, o valor da cesta está 3,07 vezes acima desse nível de renda.
Nas demais cidades também pesquisadas pela parceira IFSULDEMINAS e Grupo Unis, os resultados foram os seguintes: Pouso Alegre (R$701,40), São Lourenço (R$712,27) e Carmo de Minas (R$742,60). Entre julho e agosto, dos 13 produtos pesquisados, três tiveram alta nos preços médios: Banana (9,56%), Açúcar refinado (5,30%) e Leite integral (3,24%).
Nossa previsão no último relatório de que continuaria ocorrendo uma aceleração no valor da cesta básica em Varginha não se confirmou. O frio menos intenso ajudou a melhorar a produção e disponibilidade dos hortifrutigranjeiros (tomate e batata). Além disso, carne bovina, arroz, café em pó e feijão carioquinha tiveram quedas nos seus preços e contribuíram muito para esse resultado final.
Nossa previsão para o curto prazo é de que o valor da cesta básica continue em queda ou apresente estabilidade em todas as cidades pesquisadas. Ainda está muito incerto os impactos das tarifas comerciais aplicadas pelo governo dos Estados Unidos sobre o café, carnes, soja e outros itens alimentícios. Acreditamos que o indicador continuará sendo mais influenciado pelo comportamento das safras e da oferta, especialmente no caso dos hortifrutigranjeiros, arroz, feijão e leite integral.
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