Projeto conjunto entre Grupo Unis e CEFET-MG é apresentado em evento de universidade russa

Entre os dias 10 e 13 de novembro aconteceu a conferência internacional conjunta de Inovações Socialmente Orientadas: Psicologia, Economia e Tecnologias para o desenvolvimento sustentável da sociedade e dos negócios.

A conferência foi iniciada e organizada sob a liderança de Reitores e Diretores de seis instituições: Ural Federal University (Rússia), Universidad Central "Marta Abreu" de Las Villas (Cuba), U.Experience (Brasil), ACINNET (Ibero-America), Centro Universitário do Sul de Minas (Brasil), e Chandigarh University (Índia).

No evento, o Grupo Unis e o CEFET-MG apresentaram o estudo “Estratégias de combate à pandemia COVID-19 orientadas por Tecnologias de Informação e Comunicação.” A ideia do projeto surgiu com base na observação de estratégias multidisciplinares de combate à pandemia do COVID-19 que vêm sendo utilizadas a nível mundial que, em sua essência, são fundamentadas por Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

O Grupo UNIS, por meio do seu coordenador do Departamento de Pesquisa, Prof. Fabrício Pelloso Piurcosky, integra a equipe de pesquisadores que atuam no desenvolvimento de estudos científicos fundamentados pelos dados coletados durante a execução do projeto. Pelo fato do Departamento de Pesquisa do Unis já possuir um envolvimento junto a muitos municípios da região do Sul de Minas, a instituição tem um papel de viabilizar o desenvolvimento do estudo junto aos órgãos municipais com poder de decisão nas estratégias de combate à pandemia. O CEFET-MG, por meio dos pesquisadores envolvidos no projeto,  atuará como o lócus de coordenação da pesquisa, organização das etapas do projeto, análise dos dados primários e secundários coletados e desenvolvimento de estudos fundamentados pela literatura científica.

De acordo com o estudo, as TICs podem auxiliar na detecção precoce de sintomas do COVID-19 por meio de câmeras térmicas ou de sensores inteligentes, podem auxiliar nas análises dos dados coletados por meio de sensores espalhados nas cidades ou com origem na movimentação das pessoas via operadoras de celular e, ainda, podem permitir o monitoramento remoto de aglomeração de pessoas. Veículos aéreo não tripulados (drones) podem ser utilizados para a vigilância da população em momentos de isolamento social total ou para a emissão de alertas à comunidade. Aplicativos de smartphones podem ser um meio único e confiável para a comunicação entre as autoridades de saúde e a população. Contudo, todos esses recursos envolvem consideráveis investimentos em tecnologia, infraestrutura, treinamento e tempo para implantação.

Acreditamos que toda e qualquer estratégia de combate à pandemia e de proteção dos cidadãos devem ser levadas em consideração e analisadas à luz da realidade de cada país, estados e municípios. O Brasil, por ser um país com dimensões continentais, tem características bastante distintas dos países da Europa ou mesmo da Ásia. A ausência de infraestrutura de saneamento básico a todos os cidadãos, elevada desigualdade social e uma economia emergente fragilizam o Brasil no combate à pandemia e dificulta a adequação linear de estratégias adotadas por outros países”, comentou o Prof. Rodrigo Frogeri.

O estudo tem como objetivo desenvolver um modelo de estratégias orientadas por Tecnologias da Informação e Comunicação no combate à pandemia do COVID-19 em municípios pertencentes à microrregião de Varginha no Sul do estado de Minas Gerais. “O modelo fruto do projeto deve evidenciar, inicialmente, as principais Tecnologias da Informação e Comunicação no combate a pandemia do COVID-19 que são passíveis de serem utilizadas por municípios com realidades semelhantes aos da microrregião de Varginha. Ademais, o modelo deve ser multidisciplinar, agrupando por áreas-chave de combate à pandemia os recursos tecnológicos que forneçam a maior efetividade no combate a pandemias do tipo COVID-19”, ressaltou o Prof. Rodrigo.

O estudo foi desenvolvido por uma equipe composta por Rodrigo Franklin Frogeri, Bruno Henrique da Cruz, Eduardo Gomes Carvalho, Fabrício Pelloso Piurcosky, Lázaro Eduardo da Silva, Liz Áurea Prado, Gabriella Carvalho dos Santos, Lizandra Chagas Caldonazo, Cecília Rocha Cruz e Patrícia Caroline Costa.

Este é um estudo que está em desenvolvimento, já teve como fruto um artigo científico e um livro está em produção. Contudo, esperamos novos resultados e a participação no evento foi importante para buscar parcerias em outros países. Nesse sentido, acreditamos que obtivemos êxito pelo fato da Universidade de Chandigarh, uma grande Universidade Tecnológica da ìndia,  ter se demonstrado aberta para um trabalho conjunto”, concluiu o Prof. Rodrigo.