O Índice Municipal de Preços ao Consumidor de Varginha (IMPC) teve elevação de 1,36% no mês de março em comparação com fevereiro. Ao analisar o período de doze meses, a inflação geral acumulada na cidade já atinge 9,91%.
O IMPC consiste em um indicador calculado pelo Instituto Federal do Sul de Minas(Campus Carmo de Minas), Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL. São coletados cerca de 500 preços de 44 itens distribuídos em 5 grandes grupos de gastos, sendo eles: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação.
O grupo com maior aumento em Varginha no mês de março foi habitação (2,21%) com destaque para as altas do gás de cozinha (2,75%), produtos de limpeza geral da residência (1,74%) e itens de higiene pessoal (0,29%).
A segunda maior alta foi no grupo alimentação (2,09%). Os produtos que mais encareceram foram feijão carioquinha (40,10%), alho (17,62%) e café em pó (14,61%) devido às altas ocorridas nas cotações destes produtos e de suas matérias-primas. Por outro lado, as quedas mais consideráveis ocorreram com ovos (-14,71%) e carne de frango (-8,82%), em função de um recuo na demanda provocada pelas recentes altas nos valores destes produtos, e também a batata (-8,61%) resultante da intensificação da colheita da safra de verão.
O grupo comunicação apresentou recuo de -1,27%, sendo que os planos básicos de internet diminuíram -1,89%.
Os grupos educação e transporte se mantiveram estáveis.
O índice oficial de inflação no Brasil, medido pelo IPCA do IBGE, teve alta de 0,56% em março, desacelerando em relação a fevereiro (que foi 1,31%). No entanto, esse resultado é o maior para o mês desde 2003. Foi possível notar que a inflação em Varginha tem se comportado de forma bem mais volátil quando comparada com o índice nacional, fazendo com que os resultados, mensal e anual, estejam bem acima do nível Brasil.
Como destacado no relatório anterior, a dinâmica de oferta dos alimentos continua sendo uma componente importante da dinâmica inflacionária em Varginha. A desoneração tributária para importação de produtos alimentícios ainda não surtiu o efeito necessário e a instabilidade nas safras continua influenciando na disponibilidade de alguns desses produtos. Tal comportamento, juntamente com os altas do grupo habitação, foram determinantes para o IMPC de março na cidade. Também se confirmou a estabilização dos combustíveis e dos serviços conforme previsto.
A difusão inflacionária no mês de março, que representa a quantidade de produtos pesquisados que tiveram alta nos preços médios, foi de 36% em Varginha, bem abaixo do resultado de fevereiro (61,4%). Porém, cabe destacar a forte amplitude das variações, diferença entre o produto com maior elevação e aquele com maior queda, que atingiu 54,81 p.p. Ou seja, foram menos produtos aumentando de preço, porém em patamares muito elevados.
Para o próximo mês, reiteramos a possibilidade de desaceleração no índice inflacionário de Varginha em função de uma possível maior intensidade das colheitas e melhoria na disponibilidade dos produtos alimentícios, bem como a continuação da estabilidade nos grupos de serviços e transporte.