Índice da cesta básica teve forte elevação em Três Pontas no mês de outubro

Após três meses com sucessivas quedas, o Índice da Cesta Básica de Três Pontas (ICB – FATEPS/UNIS) demonstrou considerável elevação de 9,26% no final do mês de outubro em comparação com o mesmo período de setembro.

Os produtos hortifrutigranjeiros e a carne bovina tiveram as maiores altas, enquanto apenas o café em pó apresentou queda. Considerando o intervalo de 12 meses, o valor da cesta básica em Três Pontas indica leve queda de -0,58%. A pesquisa ocorre sempre na última semana do mês e consiste na coleta dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, utilizando uma metodologia adaptada do DIEESE.

No final do mês de outubro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Três Pontas era de R$632,14. Este valor representava 51,77% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisava dedicar 105 horas e 21 minutos por mês para adquirir essa cesta de produtos alimentícios em Três Pontas.

Comparando os resultados de outubro com setembro, é possível verificar que dez produtos apresentaram elevação nos preços médios: Batata (40,22%), Banana (30,89%), Tomate (13,27%), Carne bovina (9,79%), Açúcar refinado (6,85%), Leite integral (5,26%), Feijão carioquinha (5,12%), Arroz (4,36%), Óleo de soja (3,35%) e Farinha de trigo (1,96%). Dois produtos mantiveram os preços estáveis nesta pesquisa: pão francês e manteiga. Apenas um produto apresentou queda em seu preço médio: Café em pó (-3,81%).

Conforme previsto no relatório anterior, a proximidade da entressafra de alguns produtos e a demanda externa foram determinantes para o comportamento do valor da cesta básica em Três Pontas no mês de outubro. Porém, a alta veio muito acima do que se projetava, fazendo com que o nível de comprometimento do salário mínimo líquido voltasse a patamares acima de 50%, impactando fortemente o orçamento doméstico. Para o curto prazo, a continuidade da entressafra de alguns produtos, a demanda externa e as questões climáticas (intensificação da influência do fenômeno El Niño) serão decisivos para a dinâmica dos preços dos produtos alimentícios, exigindo do governo ações de políticas públicas visando amenizar esses impactos.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.