Exportação de Flores é tema de encontro no curso de Engenharia Agronômica
O curso de Engenharia Agronômica recebeu, nesta semana, a professora Rafaela Saraiva, coordenadora dos cursos de Administração/Comex, Processos Gerenciais, Ciências Contábeis e Publicidade e Propaganda.
Além de compartilhar sua experiência e conhecimentos sobre o mercado de exportação de flores, a participação da professora Rafaela Correia foi fundamental para contribuir com a integração entre as áreas e fortalecer o diálogo acadêmico.
A atividade proporcionou aos estudantes uma visão ampliada sobre as possibilidades do setor, reforçando a interdisciplinaridade entre os cursos da instituição.
Para a professora Polyana Placedino Andrade, coordenadora do curso de Engenharia Agronômica, a atividade foi essencial para ampliar os conhecimentos dos alunos, proporcionando uma perspectiva além do cultivo das flores.
Segundo ela, a logística e a comercialização de produtos agrícolas ainda representam grandes desafios para os produtores, e compreender esses processos a partir da experiência de um profissional da área possibilita enxergar toda a cadeia produtiva. Essa vivência não apenas amplia o horizonte de atuação dos discentes, mas também agrega valor à sua formação por meio da interdisciplinaridade.
Tamara Maria Vicentini, aluna do 5º período de Engenharia Agronômica, disse que a palestra possibilitou compreender de forma clara as exigências técnicas, logísticas e burocráticas envolvidas no processo de comercialização internacional, abordando aspectos como certificações, normas fitossanitárias e padrões de qualidade exigidos pelos países importadores.
“Nesse sentido, destacou-se também as exigências específicas de cada mercado comprador. A Holanda, reconhecida como principal centro distribuidor mundial de flores, estabelece rígidos controles fitossanitários e exige certificados oficiais que atestem a ausência de pragas quarentenárias, uma vez que o país reexporta grande parte dos produtos recebidos para toda a Europa. Os Estados Unidos demandam elevado padrão de frescor e qualidade, com inspeções fitossanitárias rigorosas realizadas na entrada do território, além de atenção às embalagens e ao transporte em cadeia de frio. Já o Japão apresenta um perfil diferenciado, priorizando flores ornamentais raras, inovação, sustentabilidade e embalagens sofisticadas, o que eleva a necessidade de atender a nichos de mercado altamente especializados. Por sua vez, os países vizinhos da América do Sul, como Argentina, Chile e Uruguai, apresentam exigências menos complexas em comparação com os grandes mercados, o que favorece a integração regional e a redução de custos logísticos. Esse panorama permitiu para nós, estudantes e futuros engenheiros agrônomos compreender de forma mais ampla os desafios e oportunidades da floricultura brasileira no comércio exterior, além de reforçar a importância de dominar aspectos técnicos, logísticos e regulatórios para garantir a competitividade no cenário internacional”, refletiu Tamara.