Após as consideráveis altas no primeiro quadrimestre de 2024, o Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB – Faculdade Unis Pouso Alegre) apresentou forte declínio de -9,29% no início do mês de maio em comparação com o mesmo período de abril.
As quedas mais consideráveis ocorreram com tomate, banana, feijão carioquinha e carne bovina. Já o produto com maior elevação foi o óleo de soja. Considerando o período de 12 meses, o valor da cesta básica na cidade acumula queda de -1,17%. A coleta dos dados é realizada sempre na primeira semana do mês, consistindo no levantamento de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados de Pouso Alegre, tendo por base uma metodologia adaptada do DIEESE.
Neste início do mês de maio, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre chegou a R$648,00, correspondendo a 49,61% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 100 horas e 58 minutos por mês para adquirir essa cesta.
Entre abril e maio, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, três tiveram alta nos preços médios: Óleo de soja (3,17%), Arroz (1,92%) e Café em pó (1,60%). Novamente o pão francês manteve seus preços médios inalterados, e nove produtos tiveram queda nos seus preços: Tomate (-36,36%), Banana (-22,22%), Feijão carioquinha (-6,40%), Carne bovina (-3,08%), Batata (-1,92%), Açúcar refinado (-1,47%), Leite integral (-0,67%), Manteiga (-0,23%) e Farinha de trigo (-0,14%).
Os resultados de Pouso Alegre e Varginha neste início de maio foram muito convergentes, sendo que em ambas as cidades a pesquisa indicou fortes volatilidades nos preços dos alimentos básicos. Nas previsões do relatório anterior indicamos a possibilidade de queda no valor da cesta básica, porém a magnitude dessa variação foi maior do que se previa. As projeções foram acertadas no que se referiam à intensificação da safra dos hortifrutigranjeiros e continuação da queda no preço do feijão carioquinha. Nas duas cidades, esse decréscimo no valor da cesta chega em um bom momento para aliviar o orçamento das famílias, tendo em vista as altas ocorridas neste início de 2024.
Nos relatórios deste mês estamos apontando que no curto prazo essa queda não deve se manter de maneira tão forte. Fatores como a proximidade da finalização da safra de verão dos produtos hortifrutigranjeiros, o início mais tímido da colheita da safra de inverno, as possíveis novas elevações no óleo de soja e carne bovina, bem como as fortes chuvas que tem afetado importantes regiões produtoras no Sul do Brasil e a valorização do dólar podem provocar alta no valor da cesta básica já no próximo mês.