Em fevereiro valor da cesta básica fica estável em Varginha
O Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB -Varginha) apresentou estabilidade no início de fevereiro com recuo de -0,55% em comparação com janeiro. As altas mais consideráveis foram com café em pó e tomate. Por outro lado, as maiores quedas ocorreram com óleo de soja, banana e batata. Tomando por base o período de doze meses, o valor da cesta básica em Varginha acumula alta de 0,40%.
A partir deste mês, a pesquisa passa a ser realizada de forma conjunta entre o Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas), o Departamento de Pesquisa do Unis e com a parceria do GEESUL. Os procedimentos continuam os mesmos, com a coleta de preços dos
13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos sendo realizada na primeira semana de cada mês.
No início de fevereiro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha era de R$663,66. Este valor representa 47,26% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS), já considerando o reajuste deste ano. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal, precisa dedicar 96 horas e 11 minutos por mês para adquirir essa cesta de bens alimentícios básicos.
Entre janeiro e fevereiro, dos 13 produtos pesquisados, quatro tiveram alta nos preços médios em Varginha: Café em pó (14,06%), Tomate (4,50%), Pão francês (2,92%) e Leite integral (0,55%).
Os resultados apurados em Pouso Alegre e Varginha mostraram muita convergência, visto que, após quatro meses de alta nos valores locais da cesta básica, em fevereiro ocorreu uma queda, mesmo que tênue. Nossa previsão realizada no último relatório se concretizou em ambas as cidades, com a melhoria das safras de alguns produtos, especialmente dos hortifrutigranjeiros, permitindo o recuo do indicador. A queda no valor da cesta básica e o reajuste do salário mínimo contribuíram para que o nível de comprometimento do salário mínimo líquido com a aquisição desses produtos ficasse abaixo de 50% em ambas as localidades. Porém, mesmo com essas quedas, é importante destacar que os valores de muitos dos produtos alimentícios ainda permanecem altos e comprometendo o orçamento doméstico.
Para o curto prazo, as nossas projeções indicam que a continuidade das safras de alguns produtos pode contribuir para mais um recuo no índice, no entanto isso pode ser limitado em virtude da alta que deve continuar ocorrendo com produtos como café em pó e também uma possível elevação na carne bovina.