A bandeira da Luta Antimanicomial deve ser defendida por toda a sociedade em função de vergonhosos episódios da história brasileira no que se refere aos cuidados dispensados à saúde mental. Essa luta deve ter especial atenção dos profissionais e estudantes envolvidos com a área da saúde mental.
Nesse sentido, os alunos do curso de Psicologia do Centro Universitário do Sul de Minas dedicaram o período de aula da última quarta-feira, dia 18 de maio, a relembrar as atrocidades ocorridas no Hospital Colônia de Barbacena durante várias décadas. O Hospital Colônia não é um caso único, mas reflexo de toda uma cultura associada à loucura e às formas de contenção das pessoas que apresentavam algum comportamento considerado “anormal”.
Na ocasião os alunos e vários professores puderam assistir a dois documentários sobre o Hospital Colônia: “Em Nome da Razão”, de Helvécio Ratton, produzido dentro do hospital em 1979, e “O Holocausto Brasileiro”, de 2016, conduzido por Daniela Arbex. Após a exibição dos dois documentários, abriu-se para reflexões sobre os ensinamentos e questionamentos aplicáveis aos nossos dias, reforçando a constante vigilância que se faz necessária quanto aos rumos das políticas e práticas dedicadas ao atendimento de usuários da saúde mental.
As rememorações da Luta Antimanicomial no curso de Psicologia do Unis se encerrarão no sábado, dia 21 de maio, quando será realizada uma visita técnica ao Museu da Loucura em Barbacena.
