O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB – Faculdade Unis Pouso Alegre) apresentou alta de 3,92% no início deste mês de novembro em comparação com outubro. Os produtos com destaque nas elevações de preços foram batata, óleo de soja, carne bovina e manteiga. Já as maiores quedas ocorreram com tomate e banana. Considerando o período de doze meses, a alta acumulada no valor da cesta básica na cidade atinge 7,04%.
A pesquisa é realizada pelo Departamento de Pesquisa do Unis em Pouso Alegre na primeira semana do mês através da coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados, tendo por base uma metodologia adaptada do DIEESE.
No início de novembro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre atingia R$660,06, correspondendo a 50,54% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 102 horas e 51 minutos por mês para adquirir essa cesta.
Na cidade de Varginha, também pesquisada pelo Unis, o valor desta mesma cesta produtos neste mês foi de R$616,41. Segundo o DIEESE, a capital com maior valor da cesta básica continua sendo São Paulo (R$805,84) e o menor valor ocorre em Aracaju (R$519,31), já em Belo Horizonte totaliza R$678,07.
Entre outubro e novembro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, seis tiveram alta nos preços médios: Batata (40,88%), Óleo de soja (10,19%), Carne bovina (6,59%), Manteiga (4,85%), Café em pó (4,60%) e Pão francês (2,62%).
Os resultados ocorridos em Pouso Alegre e Varginha neste início de novembro foram muito parecidos. Nossa previsão feita no relatório anterior de que haveria uma aceleração no valor da cesta básica foi plenamente confirmada. A proximidade da entressafra de alguns produtos, fatores climáticos e a demanda externa são os motivos que ajudam a explicar tais resultados. Destaque maior para o caso de Pouso Alegre, pois com essa elevação o valor médio da cesta voltou a ficar acima de 50% do salário mínimo líquido, o que compromete muito o orçamento das famílias. Importante também chamar a atenção para o relatório do DIEESE demonstrando que todas as 17 capitais onde é realizada essa mesma pesquisa apresentaram alta no indicador.
Nossas previsões para o curto prazo reforçam a possibilidade de que a inflação dos alimentos continue em alta devido ao comportamento das safras, à demanda externa, o câmbio desvalorizado e os fatores climáticos.