Alunos de Ciência da Computação desenvolvem seus próprios jogos digitais e vivenciam na prática a criação de um MVP
No final de junho, os estudantes da disciplina de Desenvolvimento de Jogos, do curso de Ciência da Computação, protagonizaram um momento marcante ao apresentarem seus próprios jogos digitais criados ao longo do semestre. Divididos em seis equipes, os alunos entregaram seis projetos completos, cada um com identidade, proposta, mecânicas e narrativa únicas — fruto de um processo intenso de aprendizagem colaborativa, planejamento e criação.
O projeto contou com a orientação do professor Pedro Palmuti, quem dividiu a disciplina em seis etapas metodológicas, inspiradas nos processos reais da indústria de jogos e orientadas por conceitos de desenvolvimento incremental, prototipagem, design iterativo e entrega de um Produto Mínimo Viável (MVP). Para tanto, o projeto foi cuidadosamente dividido em:
- Planejamento e Estrutura Inicial
- Definição de Regras e Ferramentas
- Desenvolvimento Inicial e Prototipação
- Refinamento da Estrutura e Progressão
- Desenvolvimento do Protótipo Final
Apresentação Final do MVP
De acordo com o professor Pedro Palmuti, a cada etapa, os alunos aplicaram metodologias ágeis, aprenderam sobre controle de escopo, iteração, priorização de tarefas, e vivenciaram os desafios reais do ciclo de vida de um projeto criativo. Os jogos criados abrangeram diversos gêneros — plataforma, esportes e jogos de mistura (como aqueles inspirados em Doodle God ou jogos de bar), com propostas originais e mecânicas inovadoras.
A culminância do projeto foi realizada em uma sessão de apresentação no formato pitch, onde as equipes demonstraram seus jogos para colegas, professores e visitantes. Cada grupo não apenas apresentou o conceito do seu jogo, como também disponibilizou a versão jogável para o público experimentar. A troca de experiências foi enriquecedora: muitos visitantes testaram os jogos, deram feedbacks em tempo real e se surpreenderam com o nível de qualidade alcançado pelos projetos.
Além do resultado técnico, os alunos destacaram o valor da experiência como um todo. Desenvolver um jogo completo, do zero, permitiu que eles compreendessem na prática a diferença entre idealização e execução — vivenciando as tensões entre expectativas e realidade, a importância de manter um cronograma e a tomada de decisões em cenários de limitação de tempo e recursos.
A atividade reforçou habilidades como colaboração, comunicação, criatividade, resiliência e autogestão — todas essenciais para profissionais da área de desenvolvimento de software e tecnologia. Os alunos saíram da experiência não apenas com jogos prontos, mas com projetos reais para compor seu portfólio e uma vivência concreta que aproxima o universo acadêmico do mercado.
Sem dúvidas, foi um semestre que os alunos não esquecerão — e que demonstra, na prática, o poder de uma educação centrada em projetos e experiências concretas.
