O trabalho começou com um estudo aprofundado sobre impressão 3D, controle por EMG e propriedades do PLA reforçado. Nos testes práticos, Johnny se dedicou a otimizar variáveis como ventilação, infill, nervuras, temperatura e montagem, buscando um conjunto mecânico simples, repetível e fácil de reproduzir em outros laboratórios. Na etapa de controle, conectou o sensor de EMG ao Arduino para converter sinais musculares em comandos de abertura e fechamento do dedo, enfrentando ruídos, variações de baseline e instabilidades do servo. Para lidar com isso, estruturou o desenvolvimento em etapas evolutivas, passando de um limiar simples para calibração guiada e, posteriormente, para uma máquina de estados com histerese e temporizações.
Para manter o rigor técnico, aplicou ferramentas clássicas da engenharia da qualidade, como o Diagrama de Ishikawa e a Matriz GUT, priorizando causas relacionadas ao ruído, aterramento e cabeamento. A cada ajuste, realizava testes comparativos com telemetria, garantindo base objetiva para as decisões.
O protótipo obtido não tem finalidade clínica imediata, mas funciona como um ambiente de ensaio estruturado que demonstra a
O processo também marcou profundamente sua formação como engenheiro, tirando-o da teoria e desafiando-o a tomar decisões, reconhecer limites e construir algo que pudesse ser compreendido e aprimorado por outras pessoas.
Para o professor Jonathan Nery, orientador do TCC, este foi um dos projetos mais gratificantes de acompanhar, tanto pelo resultado quanto pelo propósito humano por trás da proposta. Segundo ele, o mérito técnico foi todo de Johnny, e o maior destaque está justamente na coragem de iniciar algo tão desafiador e relevante, ainda que não esteja pronto. Para o professor, o projeto representa um primeiro passo importante rumo a soluções acessíveis e de impacto real.