Débora Costa é aluna do curso de Letras do Centro Universitário do Sul de Minas. Formada em Direito, e com mestrado em Constitucionalismo e Democracia, Débora participou da autoria de, até o momento, seis antologias realizadas em conjunto com outros autores.
Em seus textos a autora busca explorar assuntos de grande importância para ela. A antologia Resilientes, por exemplo, fala sobre a comunidade LGBTQIA+. “Tenho duas antologias que foram produções de cursos de escrita criativa que eu participei: a primeira tinha como tema uma história mais voltada para a amizade, enquanto a segunda antologia tinha como objetivo abranger um livro de diálogos. Também participei de um conto com personagens mulheres, que tinha como questão mostrar a força da mulher dentro da sociedade. O feminismo e a luta diária das mulheres dentro de uma sociedade machista é algo que eu acho muito importante de ser tratado. E a minha última antologia de contos que eu participei está para sair, por acaso, e trata de histórias de superação”, explicou Débora.
A autora participou também de uma antologia de poemas. “Foi a única que eu colaborei com esse tipo textual, porque eu queria testar, na verdade, para ver se eu conseguiria passar o que eu queria por meio de um poema. O que foi escolhido contava sobre um homem que sempre vai trabalhar e não vê muito futuro nessa vida por causa da grande desigualdade econômica do país”, destacou Débora.
Além da escrita criativa, a autora tem publicações na área do Direito. “Em 2015 eu me formei em Direito e no curso eu tive a oportunidade de participar de dois grupos de pesquisa, um sobre Direito e Literatura e outro sobre Direito e Música. Desses grupos de pesquisa houve a produção de dois livros”, comentou Débora.
Hoje a autora publica textos semanais em sua conta no Wattpad (@marobitah), uma rede social para escritores. “Minha temática está, agora, focada na comunidade LGBTQIA+. Não há muita representatividade dessa comunidade e eu acho de extrema importância que eles saiam da invisibilidade que a mídia os colocou, e por isso eu tento contar um pouco da história deles”, afirmou Débora.
A autora comenta que a comunidade marginalizada, ou seja, aqueles que estão para além da sociedade civil, seja por causa da sua orientação sexual, gênero, raça ou questão econômica devem ser adequadamente representados, retirando a visão estereotipada que se tem deles e os vendo como pessoas individualizadas com suas particularidades. “A necessidade da representatividade é evidente, uma vez que o Brasil é um dos países onde mais mata pessoas da comunidade LGBTQIA+, a ignorância para com essa parcela da comunidade faz com que os atos de violência sejam justificados”, comenta Débora.
A autora fala também sobre a importância que a representatividade tem na criação de uma comunidade de acolhimento, a partir da abordagem de certos temas de forma pública. “O Brasil tem um alto número de homicídios violentos para com a comunidade, e quando se fala de homicídios violentos também aborda o suicídio, causados pela homofobia internalizada. A representativa mostra para essas pessoas que estão passando por esse tipo de pensamentos que os seus sentimentos para com a pessoa do mesmo gênero, ou a sua questão de gênero com o seu próprio corpo é mais do que normal, é algo que várias pessoas já passaram”, afirma Débora.
Para a autora é necessário que mais pessoas contem histórias, nas quais a comunidade marginalizada possa se enxergar. “Essa questão de representatividade é muito importante para mim como mulher e como pessoa que faz parte da comunidade LGBTQIA+”, ressaltou.
A aluna de Letras comenta que, além de questões gramaticais, o curso a ajuda muito na área de escrita criativa, pelas aulas de teoria da literatura e de produção de textos. “É muito vantajoso ter uma professora que orienta e te aponta o livro ou o autor que você precisa para entender o que você está procurando. No Unis eu me senti muito acolhida quanto a isso. Eu estava preocupada com o ensino a distância, mas toda as minhas questões foram solucionadas rapidamente e a Profa. Carina Adriele Duarte e a Profa. Ana Amélia Furtado de Oliveira me auxiliaram até com questões mais pontuais que eu tinha dúvida para desenvolver a minha escrita”, concluiu Débora.