Há algum tempo nós já escrevemos um texto aqui explicando um pouco sobre um assunto de logística: o gerenciamento de estoque. Mas com o aumento do consumo de industrializados, cosméticos, eletrônicos e outros, surgiu uma nova necessidade: a logística reversa.
Pretende se formar em Logística e nunca ouviu falar nesse assunto tão importante e interessante para a área? Pode ficar tranquilo porque você chegou ao lugar certo!
Então, bora saber mais sobre a importância da logística reversa no mundo de hoje?
Também conhecida como logística inversa, essa é uma prática que ainda hoje é pouco vista nas cidades do interior, mas que já tem uma boa movimentação nos grandes centros ou nas cidades mais populosas. Ela consiste em recolher resíduos que possam prejudicar a natureza e devolvê-los aos fabricantes.
Antes de entender como ela funciona, é preciso que fiquemos inteirados de alguns conceitos:
O trabalho de logística reversa acontece com os resíduos secos e perigosos. Inclusive, hoje existe a lei 12.305 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela associada a uma série de outras regulamentações, instituiu a responsabilidade compartilhada pelo correto descarte de resíduos.
O fabricante e o distribuidor têm responsabilidade, perante a lei, por disponibilizarem pontos de coleta. Enquanto o consumidor precisa realizar o correto descarte dos mesmos.
Para os resíduos secos, um grande parceiro são os catadores, que separa e destinam corretamente essas embalagens. Inclusive muitas empresas tem parcerias com coletivos de reciclagem, para que consigam reutilizar embalagens e extrair menos do meio ambiente.
Para os resíduos perigosos, “o buraco é mais embaixo” e é necessário levar os descartes até os pontos de coleta corretos para que o destino final não danifique o ecossistema local e tudo possa ser aproveitado da melhor forma possível.
E essa é a logística reversa. O ato de empresas que oferecem produtos que geram resíduos criarem pontos de coleta. Assim elas conseguem absorver o descarte desses materiais que não serão mais utilizados e dar o destino correto ao que seria muitas vezes jogado num lixão ou aterro.
Alguns exemplos de produtos que normalmente têm política de logística reversa são:
Ah, lembrando que empresas que não seguirem a norma podem ser enquadradas pela lei de crime ambiental!
No tópico acima já deixamos listados os tipos de materiais que costumam ter atrelado ao seu processo a logística reversa.
Aqui no Brasil essa prática demorou a ser instituída. Essas diretrizes só começaram a ser cobradas a partir do ano de 2010, visto que em países da Europa e da América do Norte, isso já existia desde a década de 70.
Mas deixando o passado histórico do país, bora conhecer alguns exemplos de quem entrou nessa onda e, além de economizar muito com o reaproveitamento, passou a reduzir os efeitos nocivos causados ao meio ambiente!
O mesmo óleo que frita as batatas, nuggets e tortinhas do McDonald’s é que movimenta os veículos que entregam os alimentos às unidades da rede de fast-food.
Funciona mais ou menos assim: o caminhão entrega os suprimentos para a unidade. Na volta, já traz consigo os óleos que não serão utilizados. Em seguida eles são encaminhados para a produção do biodiesel, que quando pronto, abastecerá os caminhões. Massa né?
Você deve saber que sacolinhas plásticas de supermercado precisam de 100 a 400 anos para se decomporem no meio ambiente. Pensando nisso, a rede Pão de Açúcar criou um sistema de pontuação para os clientes que utilizarem sacolas retornáveis. Esses pontos podem ser trocados por produtos no supermercado. Bacana também, né?
O DNA da Natura já carrega a sustentabilidade, não concorda? E na área dos cosméticos ela é referência quando o assunto é reaproveitamento de resíduos.
Uma das principais iniciativas foi o desenvolvimento de embalagens de polietileno verde, produzido a partir da cana-de-açúcar 100% reciclável. Assim, quando o sistema de logística passa fazendo as entregas, já pode recolher com as revendedoras todas as embalagens vazias!
A empresa não ficou de fora dessa. A iniciativa criada por ela foi bem bacana. Instalou pontos de coleta em todas as lojas da marca. Assim quando os clientes vão adquirir suas reposições de produto, podem deixar as embalagens vazias.
Quando os coletores ficam cheios, essas embalagens são recolhidas e levadas a algum parceiro que faz a reciclagem da embalagem e sua reinserção como matéria-prima em diversos ciclos produtivos.
Com essas simples iniciativa, além de reduzir impactos ambientais, a empresa também contribui com comunidades que trabalham com reciclagem na região, levando mais trabalho e movimentando a economia.
A Philips segue mais ou menos o mesmo projeto que O Boticário. Credencia empresas para que possam recolher qualquer produto eletroeletrônico Philips.
Os materiais recebidos são repassados à Oxil, parceira da Philips, responsável por desmontar e definir o destino final das peças que não serão reaproveitadas.
Carros são um dos itens mais poluentes que existem. Mas na contramão disso, a Renault passou a lançar carros com o selo ECO2, criado pela empresa para identificar veículos ecologicamente corretos.
Esses carros são constituídos de 46% de material reciclado, 25kg de fibras naturais e 2kg de plástico reciclado, o que equivale a 14% do total. Quando o automóvel não tiver mais condições de ser utilizado, 97% dos materiais poderão ser reciclados.
Muita garrafa pet e latinha já se perdeu, mas a Ambev conseguiu enxergar nelas uma mina de ouro na reciclagem das mesmas. Em 2010, após iniciar sua política de reciclagem e redução de impactos ambientais, a empresa arrecadou cerca de R$ 80,3 milhões.
Ao receber um pneu no final de sua vida útil, a empresa aplica o conceito de logística reversa. Depois disso, os pneus são triturados e picotados, o que torna possível sua reutilização para outras coisas como solados de sapatos, borracha para vedação, peças de reposição para indústria automobilística e até em asfaltos.
Claro que sim amigo(a)! Ele é um tecnólogo, portanto ele foca todos os seus esforços em te ensinar as partes práticas, para que após se formar, possa cair no mercado de trabalho com confiança e mostrando a que veio!
Sobre as oportunidades de trabalho, o graduado em logística não precisa necessariamente ficar preso a esse setor. Poderá trabalhar com compras, cadeia de suprimentos, gerenciando a armazenagem, realizando o inventário, prestando consultorias, e muitos outros cargos.
Aqui vamos deixar um texto bem bacana explicando sobre gerenciamento de estoque. Nele você terá acesso a mais informações sobre outra área onde o profissional de logística pode trabalhar.
Esperamos que você tenha curtido esse material e que ele te ajude a se encontrar! Qualquer coisa, é só chamar, beleza? Até a próxima então!