Como já dizia o filósofo chinês Lao-Tsé, “uma viagem de mil milhas se inicia com o movimento de um pé”. Pois esse ensinamento diz muito sobre como nossa história pode mudar com pequenos atos. Aí é que entra o intercâmbio estudantil, uma viagem internacional que traz experiências impagáveis a seu currículo e à sua vida, como amadurecimento e visão de mundo, que certamente mudarão sua trajetória para sempre.
Você já está de olho na faculdade e quer fazer aquela viagem dos sonhos? Então continue acompanhando nosso post de hoje, pois vamos mostrar aqui todos os aspectos envolvidos em um intercâmbio: como planejá-lo, quais são as possibilidades de estadia, alimentação e cursos, como baratear essa viagem e como tudo isso pode impulsionar sua carreira! Pronto? Vamos lá!
Um intercâmbio estudantil tem a missão de colocá-lo em contato com outras culturas, outros hábitos de vida e, claro, outro idioma, além de aprimorar seus conhecimentos acadêmicos. Assim, essa experiência proporciona ao intercambista não só novas amizades, mas também melhora sua cultura geral e amplia seu networking — afinal, não é nada incomum que amizades iniciadas em intercâmbios se tornem propostas de trabalho!
Nesses programas, o aluno normalmente faz um curso de idiomas ou cumpre disciplinas em uma universidade estrangeira, nesse caso conciliando o estudo da língua com o aprofundamento em sua graduação. Em ambas as possibilidades, trata-se de uma imersão poderosa que tem como objetivo de enriquecer seu repertório cultural.
Com essas informações básicas em mente, você certamente já consegue perceber como o intercâmbio estudantil é diferente de uma viagem tradicional, não é mesmo? Resumindo: no caso do turismo puro, com a experiência se centralizando na visita a pontos turísticos, o contato com a cultura local costuma ser apenas superficial.
Indo direto ao ponto, podemos destacar que o mercado tende a dar preferência aos profissionais com essa bagagem porque eles normalmente têm:
Vamos agora à diferenciação dos tipos de intercâmbio mais comuns para você já ir pensando na melhor opção de acordo com seus objetivos? Veja só:
Essa é a modalidade mais comum de intercâmbio. Normalmente contando com o intermédio de agências especializadas, o estudante viaja com o intuito de melhorar seu domínio do idioma estrangeiro. Para isso, matricula-se em uma escola no país de destino, podendo ficar por lá de 2 semanas a 1 ano. Algumas das agências mais conhecidas do mercado são a Central de Intercâmbio (CI), a English First (EF), a Experimento e a Student Travel Bureau (STB).
Só como curiosidade, um curso de inglês com 20 aulas semanais de 50 minutos cada, por 4 semanas em Londres, ficando em casa de família, com quarto duplo e café da manhã, sai por volta de 8 mil reais. Lembrando que não estão incluídas nesse total as passagens aéreas de ida e volta.
Aqui, a possibilidade inclui não somente o curso de idioma, mas envolve também a experiência de morar em uma casa de família, ainda recebendo para isso. Nesse caso, porém, há um trabalho a ser feito: cuidar das crianças da família. Além de ser uma excelente possibilidade de inserção cultural, o programa de au pair também costuma ser bastante interessante no quesito financeiro.
Nessa modalidade de intercâmbio, o estudante trabalha algumas horas diárias e ainda faz um curso de idiomas ou profissionalizante. O tempo de permanência pode se estender a até 1 ano e os países que geralmente aceitam essa modalidade são os Estados Unidos, a Austrália, a Nova Zelândia, o Canadá e a Irlanda. Nesse formato, boa parte dos custos da viagem é paga com o próprio trabalho. Estudar e trabalhar pode, assim, ser uma boa opção.
Trata-se do intercâmbio para uma universidade estrangeira, em que o aluno tem a oportunidade de estudar por um semestre ou mesmo um ano letivo em um curso semelhante ao seu no Brasil. Em geral, o processo de inserção do estudante é coordenado pela instituição de origem.
A grande vantagem dessa modalidade é que o estudante vai além do idioma, tendo a oportunidade de cursar uma universidade internacional — ainda que por um curto período. Outro benefício é que, em função das parcerias entre as universidades, os cursos nesses programas costumam ser bem em conta (quando não gratuitos), o que já reduz bastante os custos da viagem. Daí a importância de escolher uma universidade que ofereça programas de intercâmbio com instituições internacionais!
As configurações de um intercâmbio podem variar bastante, uma vez que acomodação, plano de refeições e cursos realizados mudam muito o panorama da viagem. Confira, por exemplo, as opções de acomodação:
Nesse caso, o estudante fica na casa de uma família que faz parte do banco de dados da escola. É importante ressaltar que todas as residências e famílias interessadas são previamente avaliadas, a fim de assegurar que estão aptas a receber adequadamente um estrangeiro.
Certamente, é a melhor forma de conhecer a cultura do país visitado. Mas atenção: as regras da família podem acabar suprimindo um pouco sua liberdade. Isso sem contar que os preços semanais dessa opção também são um pouco salgados.
A residência estudantil é uma espécie de república que reúne diversos estrangeiros matriculados em cursos iguais ao seu. Surgem como vantagens a interação de estudantes de diversas partes do mundo e o custo, normalmente o mais baixo dentre as opções de acomodação. Como contra, porém, tem-se a falta de privacidade.
Nesse caso, o estudante pode dividir um apartamento com outros poucos colegas ou alugar o espaço para ficar sozinho. Aqui a liberdade é maior, mas o custo também é elevado.
Se você ainda está no Ensino Médio, a dica é buscar uma universidade que tenha um programa de mobilidade acadêmica. Afinal, os intercâmbios acadêmicos são mais baratos e agregam mais a seu repertório cultural. Em um cenário como esse, se o estudante conseguir cursar gratuitamente as disciplinas de uma universidade no exterior, seus custos totais já são reduzidos em quase 40%!
Para facilitar ainda mais, os intercambistas costumam conseguir estadia gratuita nas repúblicas estudantis da própria universidade, o que zera os custos de hospedagem. Nesse cenário, o aluno arcaria apenas com as passagens, o seguro-viagem e a alimentação, além de qualquer extra que esteja disposto a custear. Já melhora bastante, não concorda?
Se não houver disponibilidade de residência estudantil na universidade de destino, mas o aluno tiver liberdade de escolha, é possível assegurar hospedagem gratuita durante parte da viagem por meio de aplicativos como o Couchsurfing.
Aí vai depender dos seus objetivos. Se a meta é fazer um intercâmbio acadêmico, a proficiência no idioma será uma das etapas do processo de seleção da bolsa de estudo, por exemplo. Já para quem pretende justamente aprimorar a fluência na língua, vale se matricular em um bom curso de idiomas por lá para ajudar a sistematizar o aprendizado.
E aí, pronto agora para seu intercâmbio estudantil? Então continue conosco, aprendendo como um curso de graduação expande seu futuro!