Como será a engenharia do futuro? Segundo um estudo do IPEA — Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada —, há profissionais formados em número suficiente para atender às necessidades do mercado brasileiro até 2020.
Todavia, há registros de engenheiros que não atuam na área, o que gera uma deficiência de profissionais qualificados no mercado. Sendo assim, essa é uma carreira com excelentes oportunidades para os graduados, mas que demandará de uma capacidade de atender às necessidades do futuro.
Quer conhecer quais são as tendências da área? Veja a seguir!
Com a determinação das normas da ISO 14001, as empresas precisam atuar cada vez mais de maneira sustentável. Para tanto, muitas vezes, elas demandam de profissionais especializados para desenvolver projetos focados no meio ambiente.
Nesse contexto, os cursos de Engenharia começaram a focar no desenvolvimento de profissionais preocupados com os sistemas ambientalmente corretos. Para tanto, é necessário que eles saibam planejar situações que envolvem:
saneamento;
lixo industrial;
transporte;
reaproveitamento da água.
Sendo assim, algumas características serão mais valorizadas na engenharia do futuro. Entre elas estão:
Eles são criados para oferecer resistência sem poluir o meio ambiente. A sua fabricação utiliza lã, polímero natural e argila. O material não possui matérias-primas tóxicas e, inclusive, diminui o gasto de energia utilizado em sua produção.
Além dos painéis fotovoltaicos utilizados para aproveitar a energia solar, também existem as telhas solares. Elas utilizam células fotovoltaicas na estrutura, que contribuem para proteger a construção e captar os raios solares.
O concreto comum costuma emitir dióxido de carbono durante sua produção. Algumas empresas já começaram a criar alternativas mais sustentáveis utilizando itens reciclados como madeira e vidro. Portanto, essa é uma tendência do futuro da engenharia.
A preocupação com a escassez de água no mundo também fomentará investimentos em técnicas de reaproveitamento da água. Nesse sentido, um engenheiro precisará se preocupar em adotar práticas como:
uso de água da chuva;
reutilização da água proveniente de chuveiros e máquinas de lavar roupa;
uso da água oriunda da drenagem de terrenos.
Os profissionais do futuro também precisarão ter conhecimento sobre outras áreas de graduação. Um engenheiro civil, por exemplo, poderá agregar conhecimentos de arquitetura para desempenhar o seu trabalho com mais precisão e eficácia.
Ou seja, os profissionais precisarão se especializar em diferentes áreas de estudo para serem capazes de oferecer um serviço mais técnico e qualificado.
A mecatrônica, por exemplo, utiliza conhecimentos de engenharia e computação. E, devido às novas tecnologias, essa será uma atividade ainda mais requisitada pelas companhias que precisarão de equipamentos controlados de maneira eletrônica.
O engenheiro também poderá atuar na área de mobilidade urbana para resolver problemas oriundos do excesso de tráfego. Para tanto, ele necessita ter conhecimentos na área de engenharia, planejamento e urbanismo e administração.
Um engenheiro químico, por sua vez, terá como principal função reduzir os impactos ambientais. Para tanto, ele deverá ter o conhecimento técnico e ficar atento à legislação ambiental para monitorar se as atividades da empresa estão dentro das regras.
Além disso, o engenheiro também deverá ser capaz de ter uma visão voltada ao empreendedorismo e compreensão das necessidades das pessoas. Com isso, ele será capaz de compreender o mundo que o cerca e oferecer soluções inovadoras para melhorar a vida das pessoas.
Resumindo, o profissional precisará ter habilidade para transitar em diferentes disciplinas do conhecimento a fim de aprimorar a relação da sociedade com o meio ambiente e a tecnologia.
A tecnologia também marcará presença na engenharia do futuro. O uso de sistemas produtivos, novas técnicas e softwares farão parte do dia a dia do novo profissional.
Para saber utilizar essas ferramentas é recomendável procurar uma faculdade qualificada, que tenha excelentes laboratórios e uma relação de convivência com o mercado internacional.
As soluções tecnológicas contribuem para aumentar a rentabilidade de empresas, controlar indicadores e ter uma visão sistêmica de uma obra ou serviço.
No caso da engenharia civil, por exemplo, as ferramentas permitem que o profissional possa dar mais agilidade ao canteiro de obras, visualizar processos e avaliar a distribuição da mão de obra. Dessa maneira, ele poderá controlar a qualidade do trabalho e compartilhar as informações com outras pessoas de maneira mais ágil.
Além disso, muitas ferramentas permitem a visualização de projetos por meio da realidade virtual. Com isso, as empresas têm maior confiança sobre a visão geral de um empreendimento, por exemplo.
Sendo assim, a engenharia do futuro será baseada na informática. A construção de uma ponte, por exemplo, poderá ser feita pelo computador.
Isso permitirá que todos os cálculos dos fatores que influenciam na qualidade da obra sejam testados digitalmente, como a matéria-prima, o vento, a força da maré, entre outros.
O mercado de trabalho precisará, cada vez mais, de profissionais com habilidades para lidar com pessoas. Afinal, o sucesso de um projeto depende de um bom trabalho em equipe. Como consequência, o engenheiro do futuro precisa desenvolver as suas habilidades em comunicação e ter a capacidade de compreender as ideias dos outros.
Sendo assim, é recomendável que esse treinamento pessoal seja realizado durante o período de faculdade para que o profissional já tenha essa habilidade quando entrar no mercado.
Portanto, o engenheiro do futuro não precisará ter apenas habilidades técnicas, mas a capacidade de assumir responsabilidades e dialogar com outras pessoas.
O profissional deverá ser capaz de ser produtivo e colaborativo. Em vez de seu desempenho ser monitorado apenas pelas horas trabalhadas, ele precisará mostrar resultados para os seus gestores.
Dessa forma, o engenheiro do futuro deverá ser capaz de fazer a autogestão das atividades e cumprir prazos sem que alguém cobre isso diretamente.
Ele precisará ser flexível para acompanhar as mudanças do mercado e contribuir para promover a inovação. Também deverá se preparar para atuar no mercado internacional, pois há cada vez mais a troca de conhecimento entre culturas.
Enfim, o profissional deverá ser multidisciplinar e saber utilizar a tecnologia a seu favor. Gostou de conhecer como será a engenharia do futuro? Aproveite para assinar nossa newsletter e receber todas as novidades da área em seu e-mail!