O equilíbrio entre meio ambiente e construção civil deixou de ser somente um projeto. Há tempos a preocupação entre harmonizar construção e natureza passou a fazer parte do cotidiano dos engenheiros, arquitetos e profissionais que lidam na construção civil.
Muita gente nem imagina, mas a construção civil é uma das atividades humanas que mais causam impacto. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto de atividades humanas são provenientes da construção. Informações do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável trazem dados alarmantes. Além de ser um dos maiores responsáveis pelo impacto ambiental, o setor da construção civil consome:
Apesar de ser uma grande geradora de desenvolvimento econômico e representar quase 10% do PIB nacional, o setor consomo e gera resíduos, e é preciso amenizar esse impacto. Mas como? É o que engenheiros e arquitetos têm feito quando definem seus projetos.
Além da diminuição do impacto ambiental, os materiais sustentáveis têm sido uma alternativa economicamente viável para a construção civil. Os desperdícios e gastos excessivos, presentes no estilo de vida moderno, têm gerado cada vez mais problemas ambientais e de ordem econômica.
Os profissionais têm se empenhado para aliar inovação e harmonia com o meio ambiente. Dessa forma é possível pensar num futuro mais verde.
Estamos na era da construção civil. Para que os impactos sejam cada vez menores, o setor tem usado de tecnologia para desenvolver seus trabalhos. A Revista Exame fez um levantamento que aponta que quase 15% das empresas já aderiram a interfaces digitais para análise de dados e interações ágeis em rede.
E como isso impacta nas questões ambientais? É simples: o conceito de sustentabilidade foi expandido e passou a contar com uma visão holística, incluindo o debate de temas como água, energia, poluição, saúde, fauna, flora, entre outros. O olhar passou a abranger a totalidade, e não somente uma parte referente ao tema.
Se essa questão passou pela sua cabeça, a resposta é sim! O conceito de sustentabilidade, apesar de ser tema atual, é discutido há muito tempo. Se até a década de 70 a preocupação com o tema não era considerada relevante, o passar do tempo forçou a sociedade a repensar a questão. Você já ouviu falar sobre a crise do petróleo, a escassez dos recursos hídricos e a redução do consumo de energia? Esses temas foram amplamente debatidos pela sociedade e o setor da construção civil se adaptou a ele, pensando em soluções para a sua diminuição.
Algumas medidas foram adotadas e hoje temos exemplos de construções sustentáveis que se mantém com recursos próprios. O SustentArqui, portal destinado à disseminação da cultura da sustentabilidade na Arquitetura, urbanismo, paisagismo e decoração, trouxe o exemplo de uma casa na Austrália que é autossustentável. Os moradores conseguem produzir nela sua própria energia, água e comida. No Brasil, a prática já é difundida. Existem casas que são exemplos de sustentabilidade (confira algumas delas aqui).
Até aqui a gente falou bastante sobre o tema, e agora é hora de “colocar a mão na massa”! A gente trouxe a lista de alguns materiais sustentáveis que você vai conhecer agora:
- Telhado Verde: eles são construídos a partir da aplicação de uma camada vegetal que é instalada numa base impermeabilizada com mantas de PVC. Por refletirem melhor os raios solares em relação às telhas comuns, os telhados verdes oferecem isolamento térmico e acústico.
- Vidro Inteligente: recebem esse nome por serem vidros eletrocrômicos, que permitem o controle da transparência, a absorção de calor e da quantidade da área a ser iluminada. A estimativa é que os vidros inteligentes possam economizar até 25% dos gastos com iluminação e ventilação do ambiente.
- Tinta ecológica: formuladas a partir de materiais totalmente naturais e sem acréscimo de insumos derivados do petróleo, as tintas ecológicas são, em sua maioria, livres dos COVs, Compostos Orgânicos Voláteis, que, além de agressivos para a saúde, contribuem para a destruição da camada de ozônio.
- Concreto permeável: ele se difere dos concretos convencionais porque permite a passagem de água. Sua composição gera no material espaços intitulados “poros” que, se for utilizado em grandes centros urbanos, possibilita que a água desça ao solo, encontre o lençol freático e evite, por exemplo, alagamentos. Sua utilização diminuiria a construção de bueiros para o escoamento da água.
- Replast: produzido a partir da compressão de restos de plástico, eles são moldados em blocos modulares que permitem várias formas e encaixes, dispensando o uso de colas ou quaisquer outros tipos de argamassa para fixação. A matéria-prima é retirada dos oceanos, o que garante parte de sua despoluição. O Replast foi criado pela startup americana ByFusion.
- Containers: a ideia se transformou em uma alternativa concreta no ambiente da construção. Sua utilização permite uma economia de até 30% em relação a uma obra convencional. Enquanto a construção de alvenaria produz sujeira e resíduos, o container já vem pronto e seu acabamento é mais simples e menos agressivo ao meio ambiente.
- Energia fotovoltaica: ela converte a energia térmica do sol em energia elétrica, uma fonte totalmente renovável. Além de não poluir a atmosfera, não produz ruídos, além de ser de fácil instalação e manutenção.
- Bambu: além de ser utilizado como matéria prima na construção de móveis, portas e pisos, o bambu tem sido uma opção de substituição do concreto armado, por ser extremamente resistente, sustentável e fácil de ser encontrado em grandes quantidades.
Deu pra sentir que a construção civil e o meio ambiente têm caminhado juntos, né! Independente se você optar pela Engenharia ou pela Arquitetura, todos podem dar a sua contribuição para um mundo mais verde!
E aí? Quer deixar o mundo um lugar ainda melhor? Corre pra cá e se inscreva no Vestibular!
A gente se encontra! Até a próxima!