Aprenda a elaborar um planejamento financeiro para cursar uma faculdade

    O planejamento financeiro é uma excelente ferramenta para quem pretende conquistar uma meta de vida, como cursar uma faculdade. Muita gente tem o sonho de fazer uma graduação, para obter conhecimento profissional e ascender na carreira, contudo, esbarra na falta de dinheiro para concretizar esse propósito.

    Quem está prestes a sair do ensino médio ou já está na escolha do vestibular, muitas vezes, fica confuso e não sabe qual caminho seguir para dar conta de pagar as despesas relacionadas à faculdade.

    Mensalidade do curso, transporte, alimentação, livros etc. são alguns dos gastos presentes na vida de quem faz uma graduação, mas não se assuste, com o aprendizado de algumas dicas de gestão das finanças pessoais, você terá condições de realizar o sonho de ingressar no ensino superior. Veja, em seguida, como se preparar com antecedência para essa importante fase da vida.

    O que é um planejamento financeiro?

    Se tem um conhecimento que pode ser levado por toda a trajetória de um indivíduo, ele diz respeito ao planejamento financeiro. Caso ainda não tenha se dedicado a aprender sobre a elaboração de um orçamento pessoal, saiba que a época que antecede a faculdade pode ser bastante apropriada para essa tarefa.

    Na saída do ensino médio, o estudante já começa a despertar a ideia de que dali em diante terá que caminhar com as próprias pernas, no que diz respeito à gestão das finanças. Embora alguns pais até ajudem os filhos, no período de faculdade, o próprio aluno é quem precisa administrar os recursos, para que eles sejam suficientes para todas as despesas.

    Nesse sentido, o planejamento financeiro é essencial para que o estudante consiga pagar as contas no final de cada mês. Com essa ferramenta de gestão, é possível antecipar o futuro, para que se possa pensar a respeito desse tempo e se preparar adequadamente para enfrentá-lo.

    Na verdade, o planejamento já deve fazer parte da sua vida e você talvez nem tenha a noção disso. Por exemplo, quando você estuda para uma prova, seleciona os assuntos que têm chances de aparecer no exame, tira um tempo para revisar o conteúdo etc., no fundo, está se planejando para tirar uma boa nota. Da mesma forma, quando você faz uma lista do que não pode esquecer para ir a um evento no fim de semana, na prática, também realiza um ato de planejamento.

    No dia a dia, quase sempre as pessoas se programam para atividades que precisam realizar, seja no curto, no médio ou no longo prazo. Isso, muitas vezes, ocorre de maneira inconsciente, sem que a pessoa perceba. Contudo, para conquistas significativas na vida de alguém, como concluir uma graduação, é necessário parar um pouco para se fazer o planejamento financeiro e também de carreira.

    Como o foco deste post é tratar da gestão das finanças, para se poder cursar uma faculdade, vamos apresentar aqui alguns fatores que podem contribuir para que você consiga reunir condições de concretizar esse seu sonho.

    Para tanto, precisamos ter em mente que o planejamento financeiro envolve três fases básicas: a situação que estamos hoje em dia; o estágio de vida a que queremos chegar; e o caminho que percorremos para conquistar o propósito almejado. Sem essas ideias claras na cabeça, dificilmente você terá sucesso no seu trajeto de gestão das finanças pessoais.

    Lembre-se de que quanto mais informações você tiver sobre a realidade que pretende encarar maiores serão as chances de fazer um planejamento certeiro e, com isso, conquistar os seus sonhos. Ter dados confiáveis é muito importante para a correta definição de objetivos e de metas na programação da execução do seu propósito.

    Já imaginou não consultar a previsão do tempo antes de decidir acampar no final de semana ou, então, não olhar o saldo da conta bancária antes de ir a uma loja? Seria complicado, não é mesmo? Da mesma maneira, quando queremos se planejar para alguma atividade mais complexa, como fazer um curso superior, devemos ter muitas informações para tornar esse caminho o mais previsível. Assim, é possível evitar surpresas desagradáveis durante o percurso.

    A conquista do objetivo final almejado dependerá da preparação que a pessoa faz para alcançá-la. Quando não se possui “um norte” no trajeto, fica fácil se perder pelo caminho. Além disso, a definição de metas claras permite que o aluno busque estratégias eficientes para vencer os marcos da jornada rumo ao ensino superior.

    Por exemplo, o pagamento de mensalidades do curso ou a quitação da graduação apenas após a formatura, devido a um financiamento estudantil, farão com que o aluno pense em estratégias e atitudes diferentes enquanto ainda está na graduação ou pretende ingressar no ensino superior.

    Já ouviu uma frase que diz “não se deve dar tiro de canhão em passarinho?” No fundo, ela quer dizer que devemos encontrar as estratégias ou os meios adequados para conquistarmos os nossos objetivos. Logo, não existe uma fórmula única de planejamento financeiro, que serve para todos os estudantes, na verdade, as escolhas de como juntar dinheiro para se pagar a faculdade dependerão da realidade de cada aluno.

    A “regra de ouro” de qualquer gestão de finanças é gastar menos do que se ganha. Dessa maneira, consegue-se gerar uma sobra, a qual pode ser acumulada sucessivamente ao longo dos meses, para que a pessoa possa adquirir um bem ou conquistar um objetivo de vida, como obter uma formação de nível superior.

    Como instrumento de previsão do futuro, o planejamento financeiro permite que o estudante se prepare de forma eficiente para conquistar os objetivos traçados. Ao saber com antecedência as situações que enfrentará no futuro, como os tipos de gastos que terá ao longo da faculdade, fica mais fácil saber a quantia que você precisará para a obtenção do grau de nível superior. Veja, em seguida, como você pode elaborar o planejamento financeiro para a sua realidade.

    Por onde devo começar?

    Se você quer cursar uma faculdade, para melhorar de vida, mas não tem certeza se tem condições de bancá-la até o final, deve responder a algumas perguntas antes de se matricular em um curso.

    Primeiramente, você deve definir qual área quer seguir no ensino superior, por exemplo, Administração, Engenharia, Logística etc. Depois dessa importante escolha, que terá reflexos por muitos anos em sua vida profissional e até pessoal, você deve descobrir informações precisas sobre o curso, como duração, requisitos para conclusão, turno, necessidade ou não de estágio etc.

    Busque saber o máximo de informações sobre o curso e a faculdade escolhidos, para assim fazer o seu planejamento financeiro voltado exclusivamente para essa realidade. Ao fazer essa programação, leve em conta o que vai acontecer ao longo de todo o curso e não só nos semestres iniciais. Matricular-se com “a cara e a coragem” pode ser uma atitude de ousadia, mas no futuro pode trazer dores de cabeça, na medida em que as dificuldades começam.

    Para ter um planejamento financeiro preciso, é importante você fazer uma lista de todos os gastos que terá ao longo da faculdade, como mensalidade, transporte, moradia, alimentação, livros, roupas etc. É indispensável que você anote essas informações, para poder acompanhar a evolução das despesas no decorrer do curso.

    Viu como o planejamento financeiro é algo “personalizado”? Afinal, uma pessoa pode morar perto da faculdade e não gastar com moradia e transporte, já outra pode almoçar no trabalho e não ter tantos custos com alimentação.

    O ideal é que você tenha, com clareza, uma previsão de ganhos e gastos para cada mês. Isso só pode ser feito com a anotação precisa de toda a sua possível “movimentação financeira”, quer dizer, aquilo que entra e o que sai do seu orçamento pessoal. Dessa maneira, ao tomar a decisão de fazer uma faculdade, você não caminhará “no escuro”, pelo contrário, saberá exatamente o que pode ou não fazer em termos de finanças.

    A vantagem do planejamento financeiro para se fazer um curso de nível superior é que você pode realizar ajustes na sua programação antes de sequer ter se matriculado. Assim, você tem maior controle sobre o seu futuro. Por exemplo, se você percebeu que o custo de moradia pode pesar em cada mês, tem como opção buscar alternativas, seja residir na casa de um parente que mora perto da faculdade, ficar em uma república de estudantes etc.

    Durante o planejamento, você poderá fazer uma espécie de “jogo de tabuleiro” de modo a movimentar as peças ou situações da vida universitária conforme as suas necessidades. Na prática, é como se você estivesse em uma simulação de como seriam os seus gastos na faculdade.

    Aprenda a lidar com a falta de dinheiro

    Vamos supor que você listou todas as possíveis despesas para se fazer uma faculdade, mas chegou à conclusão de que o valor necessário para realizar a sua graduação ficou acima das suas possibilidades. O que fazer nesse caso? Então, você possui algumas opções. Uma delas é encontrar uma forma de aumentar a própria renda, por exemplo, por meio de um trabalho temporário ou complementar, caso você já tenha emprego fixo.

    Outra alternativa, se você não tiver salário e ainda contar com a ajuda dos pais, é conquistar uma maneira de obter ganhos. Para tanto, você pode buscar um trabalho formal de tempo integral ou de meio período. Além disso, é possível se dedicar a uma atividade que lhe gere renda, como vender produtos, realizar serviços por conta própria etc.

    Se ainda assim você não dispõe de todos os recursos necessários para custear a sua vida na faculdade, uma opção é procurar pelo crédito universitário, seja pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ou por uma modalidade de crédito estudantil privado. Em alguns casos, você pode negociar com o ofertante do financiamento, de modo a quitar as parcelas somente após formado. Dessa maneira, quando já estiver empregado na profissão escolhida, poderá ter um salário melhor e, assim, pagar com mais facilidade o valor emprestado.

    Ainda assim, você deve considerar no seu planejamento financeiro a realidade da sua vida após formado, como casamento, compra de moradia etc. Por isso, mesmo com o financiamento estudantil, é importante você acumular uma poupança ao longo da graduação, para poder quitar o empréstimo com mais facilidade depois de obter o grau de nível superior.

    Não saia do planejado

    Imagine que você listou os gastos da vida universitária, fez as contas e chegou à conclusão de que conseguiria se manter na graduação. Em seguida, matriculou-se no curso desejado e começou a participar das aulas. De repente, no meio do semestre, apareceu a oportunidade de ir à uma festa não planejada e, para “não deixar a galera na mão”, você foi. Passados quinze dias, mesmo sabendo que faltaria dinheiro no início do mês seguinte, você aceita outro convite para uma balada.

    Mais alguns dias, as contas chegam e você se desespera porque não vai ter todo o dinheiro para honrar os compromissos. Na hora do aperto, aceita o limite do cheque especial de uma conta universitária. Com isso, precisa pagar uma taxa considerável de juros depois para compensar o dinheiro emprestado com rapidez. Percebeu o perigo de não seguir à risca o planejamento financeiro?

    Uma vez que você decide por entrar em uma faculdade, deve começar a ter consciência de que precisará assumir os desafios de uma vida adulta, como ter responsabilidade sobre os próprios atos. Ao desenvolver a disciplina financeira desde jovem, você terá mais chances de enriquecer ao longo da vida, pois começou a poupar cedo. Portanto, perceba que você está diante de uma oportunidade. Já pensou quantas pessoas gostariam de “voltar no tempo” para possuir a idade que você tem e, assim, fazer um caminho totalmente diferente no que diz respeito à vida financeira.

    Ao estar no início de carreira, você pode aprender com os erros dos outros e, assim, começar uma relação saudável com o dinheiro desde a sua juventude. Para que isso seja possível, é importante que você mantenha um firme controle financeiro. Acompanhe, em seguida, como você pode fazer isso.

    Monte e acompanhe o orçamento pessoal

    Para não correr o risco de ficar no vermelho nas finanças pessoais, é indispensável que você elabore o próprio orçamento. Essa técnica também contribui muito para o sucesso do planejamento financeiro. Para tanto, você deve ter como ponto de partida o valor da sua renda habitual. Essa quantia é que vai delimitar “o norte” da sua vida financeira, já que é com base nesse “teto” (valor máximo) que você deve pensar em gastos.

    Na verdade, o ideal é que você separe uma parcela do seu salário para criar uma reserva de emergência, para alguma situação inesperada, seja na vida universitária ou na vida pessoal. Portanto, o limite de gasto mensal já deve considerar essa retirada antecipada para a formação de uma poupança. Quanto ao valor exato ou à porcentagem, dependerá muito de cada caso. Muita gente utiliza como meta reservar 10% do salário para formar a reserva de emergência.

    A vantagem de criar essa espécie de “fundo de socorro” é que a pessoa adquire o hábito de economizar, para sempre sobrar dinheiro no final do mês. Depois de guardada essa quantia, é hora de pensar nos gastos habituais mensais. Nesse caso, você deve dividi-los em gastos fixos, que possuem o mesmo valor, e os variáveis, que sobem e descem ligados, por exemplo, ao consumo.

    Saiba que, ao elaborar o orçamento pessoal, com bastante antecedência do dia do pagamento, a sua meta é fazer com que todas as suas despesas caibam dentro da sua renda. Se isso não ocorre, é sinal de que algo está errado na sua vida financeira, logo, o orçamento deve ser revisto, para se eliminar gastos desnecessários.

    Na hora de elaborar o orçamento pessoal, é importante que você anote o que vai ser gasto e as respectivas quantias, seja num caderno, numa planilha de computador ou num aplicativo. Nesse último caso, existem várias opções nas lojas de Apps, algumas até gratuitas.

    Na formação do orçamento, busque não esquecer de nada que vai depender de dinheiro. Se não tem uma ideia certa de quanto vai precisar para determinada atividade, como no lazer, estime uma quantia para isso. Assim, você consegue se programar com facilidade e ainda tem um limite para se guiar no momento de consumir.

    Lembre-se de que o registro do orçamento pessoal é muito importante ao longo do tempo, para que você possa acompanhar a evolução da sua vida financeira. Se fizermos uma comparação com o ensino médio, é como se esse registro fosse o boletim de notas, pelo qual você pode monitorar o seu desempenho e saber se está bem ou mal conforme um critério previamente estabelecido.

    Ao longo dos meses, você deve comparar o que foi orçado e o que foi de fato realizado. Só assim você saberá se está seguindo ou não à risca a sua programação das finanças pessoais. Tenha em mente que, para você ter um vida universitária tranquila no que diz respeito ao uso do dinheiro, deve sempre executar o que foi planejado. Nesse caminho, o controle financeiro funciona como as faixas que delimitam uma estrada, de modo a evitar que o motorista saia da pista.

    Como o planejamento financeiro bem estruturado pode me ajudar?

    Muita gente cresceu sem a chamada “educação financeira”, logo, não adquiriu o hábito de poupar nem de fazer planejamento de longo prazo. Muitas vezes, as pessoas vivem para satisfazer desejos imediatos, por isso, não desenvolvem a disciplina necessária para juntar uma quantia significativa para concretizar um objetivo maior.

    Sem dúvida que, além de esforço para poupar, a conquista de um propósito que envolve uma quantia considerável, como fazer uma faculdade de nível superior, requer um planejamento financeiro bem estruturado. Imagine essa ferramenta como um barco. Se ele não estiver bem feito, haverá “furos” que dificultarão a conquista do objetivo no tempo certo.

    Lembre-se de que um curso de graduação envolve um tempo de médio prazo, em que muitas situações podem ocorrer no contexto econômico e na própria vida do estudante. Por isso, é essencial que o aluno busque antecipar possíveis acontecimentos e, com isso, traçar cenários diferentes. Você talvez já tenha ouvido falar na noção de “Plano B”, não é mesmo?

    Na hora de elaborar o seu planejamento financeiro, você deve traçar o seu “Plano A”, aquele que acontecerá nas “condições normais de temperatura e pressão”, para usar um termo da Física. Contudo, o estudante deve ter cartas na manga para eventuais imprevistos. Nesse sentido, a formação de uma reserva de emergência pode ser muito útil durante a vida universitária.

    Se você optou pelo financiamento estudantil e vai pagar o curso só depois de formado, por exemplo, o seu planejamento financeiro terá que ser de longo prazo. Afinal, ele abrangerá não só a época da faculdade como também a do mercado de trabalho. Logo, quem vai adquirir carro e casa mais tarde, também deve ter em mente que precisará quitar o empréstimo usado para pagar a faculdade. É bem verdade que muitos financiamentos oferecem baixas taxas de juros e condições especiais para estudantes.

    Talvez todas essas informações sejam um pouco “assustadoras” para você, ainda mais se estiver perto de sair do ensino médio. Contudo, não se preocupe. Vá com calma, mas também com persistência. À medida que você começar a elaborar o planejamento financeiro, vai adquirir experiência. No fundo, por começar a cuidar da gestão das finanças pessoais ainda jovem, você terá bastante tempo pela frente para não só pagar o curso como melhorar bastante de vida.

    Conclusão

    O planejamento financeiro é uma ferramenta útil para toda a vida. No caso da busca pela tão sonhada faculdade, ele é ainda mais importante, pois fará parte da etapa “inicial” da vida adulta. Por isso, é necessário começar com o “pé direito” esse novo tempo na vida de um jovem. Para evitar frustrações depois de se matricular num curso, você deve se acostumar a lidar com o dinheiro e a gastá-lo conforme as próprias possibilidades.

    Tenha em mente que possíveis sacrifícios serão temporários, enquanto os benefícios de se ter um diploma de nível superior são duradouros. Ao fazer uma graduação, na verdade, você realizará um investimento em si próprio, de modo a aumentar o seu valor e, com isso, elevar as chances de conseguir ganhar mais no futuro ou até mesmo de montar o próprio negócio.

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